Sociedade | 30-07-2018 20:00

Cães à solta atormentam população de Carreiro da Areia

Cães à solta atormentam população de Carreiro da Areia
Foto O MIRANTE

Matilha intimida e já atacou moradores, que reclamam pela intervenção da Câmara de Torres Novas e de outras entidades por considerarem que se trata de uma questão de segurança e saúde pública.

A igreja fica a cerca de 300 metros da casa de Josefina, o contentor do lixo a menos de cinco, mas qualquer distância, por mais curta que seja, é um calvário para esta octogenária percorrer a pé. "Tenho medo de sair de casa por causa dos cães", diz Josefina Freitas, residente na Rua dos Poços, em Carreiro da Areia, concelho de Torres Novas.

"Às vezes saio para ir pôr o lixo no contentor e tenho que desistir, volto para dentro e fecho o portão". O marido, António, está preso a uma cadeira de rodas há mais de 10 anos e quando sai de casa "para apanhar ar" não se aventura fora dos limites do pequeno quintal.

Tudo começou há cerca de dois anos, quando um casal arrendou uma casa a meio caminho entre a escola primária e a casa de Josefina. "Quando chegaram tinham uns dois ou três cães", afirma a vizinha, mas reproduziram-se rapidamente e a situação tornou-se incontrolável. Todos os cães que nasciam permaneciam por ali e chegaram outros cães atraídos pelo cio das cadelas que nunca foram esterilizadas.

A situação agravou-se quando uma outra idosa foi atacada pela matilha, há cerca de um ano. Nessa altura, Liberto Carola, também morador no local, conseguiu afugentar os canídeos e chamar por socorro. Com o INEM chegou a GNR que levou seis animais para o Canil/Gatil Intermunicipal de Torres Novas. Os restantes ficaram, até hoje, e continuam a atormentar a população.

Quem já os contou diz que andam por ali cerca de 20 animais, metade são crias e a outra metade são cães adultos. "Ladram toda a noite, revolvem o lixo e espalham-no pela povoação e fazem dejectos em todo o lado", diz Liberto. "Mas o pior é que suspeitamos que alguns possam ter sarna", acrescenta.

"Em 2016 enviámos uma carta à Câmara Municipal de Torres Novas e à Delegação de Saúde, e até agora nada", afirmou Liberto Carola na reunião pública da Câmara de Torres Novas realizada a 23 de Julho.

* Reportagem completa na edição semanal de O MIRANTE.

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