Sociedade | 02-08-2018 19:32

Coruche rega ruas para fazer face ao calor extremo

Outra das medidas implementadas foi a reorganização dos horários dos trabalhos do município, passando “todos os horários de trabalho operacionais para a parte da manhã”.

Os termómetros no concelho de Coruche, em Santarém, atingiram hoje os 48 graus Celsius, um calor extremo que fez com que a autarquia decidisse regar as ruas para criar um ambiente mais refrescado, aconselhando a autoproteção da população.

Habituados a temperaturas elevadas durante a época de verão, os habitantes de Coruche já sabem como “suportar” os 48 graus Celsius registados hoje, pelas 15h00, optando a maioria por se resguardar em casa, alguns nas piscinas municipais e outros em esplanadas.

“São temperaturas recorde nesta área geográfica do território”, afirmou o comandante dos Bombeiros Municipais de Coruche, Luís Fonseca, aconselhando a população a “que se abrigue na hora de calor, que não saia de casa, que procure locais efectivamente climatizados e que se hidrate”.

Para fazer face ao calor extremo, a autarquia decidiu adoptar uma medida de “arrefecimento da rede viária, da zona urbana da vila, que passa pela dispersão de água”, avançou o comandante dos bombeiros municipais, explicando que o objectivo é “criar um ambiente mais refrescado”.

Outra das medidas implementadas foi a reorganização dos horários dos trabalhos do município, passando “todos os horários de trabalho operacionais para a parte da manhã”.

Em termos de defesa do património florestal, os meios da Protecção Civil e dos bombeiros foram reforçados relativamente ao dispositivo especial de combate a incêndios rurais, actuando sob o chavão de “tolerância zero ao uso do fogo”.

“Ainda se verificam situações de incumprimento relativamente ao uso do fogo […], toda esta zona vai estar monitorizada por videovigilância, estamos 24 horas por dia atentos a tudo o que são movimentações nos espaços florestais e a qualquer ignição nos espaços florestais”, indicou Luís Fonseca.

No centro da vila de Coruche, Daniel Coutinho, que vive há décadas no concelho, disse que “não é novidade nenhuma” os 48 graus Celsius hoje registados, considerando que são temperaturas de verão, pelo que “a novidade é realmente os valores que têm estado baixos destes valores”.

“Há quem não goste do sol, há quem não goste da chuva, há quem não goste do vento, há quem não goste do frio, é difícil contentar toda a gente, temos que aceitar o que nos aparece, de maneira que há que viver com o calor e saber conviver com ele”, sustentou Daniel Coutinho, assegurando que já está preparado para fazer face às elevadas temperaturas.

A saborear uma cerveja fresca na esplanada, Jorge Florindo admite que o verão em Coruche é, “por norma, bastante quente”, mas não tem memória de temperaturas a atingirem os 48 graus Celsius.

“Não é um calor que seja difícil de suportar, torna-se um pouco abafado, mas estamos habituados a esta temperatura”, referiu Jorge Florindo, considerando que o ideal é hidratar e ficar em casa no auge do calor.

Ao contrário das ruas quase desertas, as piscinas municipais de Coruche estão completamente lotadas, acabando por ser um espaço de refúgio ao calor extremo.

De férias em Coruche com a família, com duas crianças, Bruna Mendes aproveitou as piscinas “para refrescar”.

Entre os cuidados que têm devido ao calor, a turista apontou: evitar a exposição direta ao sol nas horas de maior calor e beber “bastante água”.

De Massamá (Sintra), Mária Amália, que tem casa numa aldeia perto de Coruche, onde costuma ir passar férias no verão com os quatro netos, recordou que já teve nesta vila do distrito de Santarém com temperaturas de 47 graus Celsius.

Nas piscinas, a avó Maria Amália é “muito rígida” com os netos para que estejam à sombra, bebam água e coloquem protector solar. Em casa, a família usa uma ventoinha para conseguirem suportar o calor extremo registado no concelho de Coruche.

Portugal continental está debaixo de calor extremo a partir de hoje, e até domingo, com 11 distritos sob aviso vermelho, o mais grave, devido a um anticiclone que transporta ar quente do norte de África.

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