Sociedade | 08-08-2018 07:52

Concluída remoção de 15 mil m3 de lamas das águas do Tejo

Concluída remoção de 15 mil m3 de lamas das águas do Tejo

Remoção implicou um investimento de 1,7 milhões de euros.

Os trabalhos de remoção de lamas no rio Tejo, junto às Portas de Ródão, ficaram concluídos na semana passada, disse hoje o ministro do Ambiente, tendo sido retirados mais de 15 mil metros cúbicos de matéria orgânica.

"Concluímos a semana passada a retirada de mais de 15 mil metros cúbicos de lamas do Tejo, que eram poluição, matéria orgânica que estava em vários sítios diferentes em Vila Velha de Ródão e um bocadinho mais a jusante, até à barragem do Fratel, uma operação concluída com todo o sucesso, nenhum incidente sequer, e retirámos [o que corresponde a] 94% da carga orgânica que tínhamos ali", disse João Matos Fernandes, em Abrantes, no distrito de Santarém, à saída de oitava reunião da Comissão de Acompanhamento do Tejo, criada em Janeiro de 2016.

As lamas ali depositadas, e cuja remoção implicaram um investimento de 1,7 milhões de euros, representavam "um passivo ambiental (...) que provocou o que aconteceu no fatídico dia 24 de janeiro em Abrantes", afirmou o governante, reportando-se a um episódio extremo de poluição no Tejo, junto ao açude de Abrantes, com a formação de grandes blocos de espuma branca e amarela.

Segundo Matos Fernandes, "o Tejo, hoje, tem água de excelente qualidade, atestado pelas mais de nove mil análises feitas desde novembro agora e que continuam a ser feitas todos os dias à qualidade da água, em sete pontos diferentes", tendo referido que as mesmas estão a ser efectuadas "desde Peraia, à entrada do Tejo em Portugal, e até Constância, onde se verifica, continuadamente, que o oxigénio dissolvido na água é o que caracteriza uma água de boa qualidade".

No final da oitava reunião da Comissão de Acompanhamento do Tejo, que teve como objectivo fazer o ponto de situação dos trabalhos de despoluição do Tejo, bem como a apresentação do projecto Tejo Limpo, o ministro do Ambiente, congratulou-se com o actual estado das águas do Tejo, tendo destacado ainda a "importância de consolidar o que foi feito e ir mais além", referindo-se ao trabalho a efectuar nos próximos três anos.

"O que nós conseguimos tem várias parcelas de trabalho, conhecemos muito melhor o Tejo" e "conhecemos muito melhor a qualidade das águas", facto que imputou a nove mil análises desde janeiro feitas por "dois amostradores em contínuo", e mais dois a instalar, e que "permitem saber a cada momento qual é a qualidade das águas", notou.

Matos Fernandes destacou a emissão de novas licenças, "os novos títulos de utilização de recursos hídricos", tendo referido que, "dos 10 prometidos para a 1ª fase, três são urbanos, seis industriais e um ainda está em discussão", sendo emitidos com "um novo conceito, completamente diferente".

A inovação, referiu, é que os títulos, "agora, são emitidos a partir da capacidade que o meio hídrico, o rio Tejo, tem, ele próprio, de depurar os efluentes, ainda que tratados, que ali chegam".

O governante concluiu com uma "quarta dimensão" do trabalho desenvolvido até hoje, e que "começa agora", o projecto Tejo Limpo, que representa um investimento de 3,6 milhões de euros para os próximos três anos.

"Temos de garantir que o sucesso que tivemos não foi uma coisa fátua e que se vai manter no tempo", defendeu, tendo referido que a consolidação do processo de limpeza das águas do Tejo passa também pelo reforço de meios materiais e analíticos, a par de mais recursos humanos, como sejam os cinco novos vigilantes da natureza.

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