Praça de toiros Palha Blanco comemorou 117 anos
Praça de Vila Franca de Xira comemorou aniversário com bancadas meio vazias.
A empresa concessionária do castiço tauródromo Vilafranquense organizou para assinalar os 117 anos de história, por onde passaram todas as figuras do toureio nacional, e outras internacionais, uma corrida de toiros que teve lugar no passado domingo dia 30. Um cartaz sugestivo, com artistas estritamente nacionais, e pena foi que as bancadas não estivessem repletas de aficionados, não indo além de uma paupérrima meia casa fraca. Anunciavam-se oito toiros, número nos dias de hoje pouco usual, da ganaderia do saudoso Mestre David Ribeiro Telles, corpulentos e bem apresentados, que seriam lidados pelos cavaleiros João Moura filho e João Ribeiro Telles filho, e pegados por dois dos mais consagrados e emblemáticos grupos de forcados ribatejanos, os amadores de Santarém e os da outrora Vila, hoje cidade, Vila Franca de Xira. Na lide apeada, os matadores de toiros António João Ferreira e Nuno Casquinha.
João Moura filho, na lide do primeiro, esteve em plano regular, para frente ao 5º da ordem rubricar uma boa actuação, com destaque para a ferragem curta. Um toiro bravo, que motivou a chamada à arena dos dois ganaderos, os irmãos João e António Ribeiro Telles. Estes dois toiros foram pegados de caras por António Goes e António Taurino, numa monumental pega dos Amadores escalabitanos.
João Ribeiro Telles filho, não alcançou um triunfo notável, por culpa dos oponentes da divisa familiar, pouco colaborantes. De caras, executaram as pegas Pedro Silva e David Moreira, dos Amadores da casa.
António João Ferreira esteve em bom plano na lide do seu primeiro. A faina de muleta foi ritmada por ambos os pitons. No seu segundo teve poucas opções, dadas as características dum oponente andarilho e de pouca fixidez, desligando-se dos trastos. Esteve decoroso.
Nuno Casquinha lidou com galhardia os dois oponentes que lhe couberam no sorteio. Com soltura manejou o capote. Três excelentes pares de bandarilhas em cada um, e com a flanela rubra instrumentou tandas dominadoras e artísticas, rematadas com passes de peito, molinetes e outros adornos.
Destaque para os subalternos que bandarilharam os toiros de António João Ferreira, e que foram Joaquim Filipe Oliveira, João Martins e João Ferreira, que saudaram de montera na mão.
Corrida bem dirigida por João Cantinho.
Texto e fotos de Henrique de Carvalho Dias