Sociedade | 17-10-2018 14:51

Vereadora de Almeirim condenada por e-mail ameaçador a empresário

Vereadora de Almeirim condenada por e-mail ameaçador a empresário
Maria Emília Moreira à saída do tribunal

Maria Emília Moreira vai ainda ter de pagar uma indemnização a André Mesquita.

O Tribunal de Almeirim condenou a vereadora da Educação na Câmara de Almeirim, Maria Emília Moreira, a uma multa de 650 euros, no caso do e-mail ameaçador que mandou ao empresário André Mesquita. A sentença foi proferida ao início da tarde desta quarta-feira, 17 de Outubro. Maria Emília Moreira vai ainda ter pagar uma indemnização ao empresário no valor de dois mil euros a André Mesquita.

Em declarações a O MIRANTE à saída do tribunal a vereadora disse sentir "alívio" e só "estava a espera que a sentença fosse lida para acabar com este processo".

Maria Emília Moreira foi a julgamento por decisão do Tribunal da Relação de Évora, na sequência de um recurso interposto pelo empresário, após a juíza de instrução criminal de Santarém ter decidido não levar o caso a julgamento.

O Tribunal da Relação de Évora considerou que a vereadora da Câmara de Almeirim, tinha uma elevada probabilidade de vir a ser condenada no caso do e-mail ameaçador que mandou ao empresário André Mesquita.

André Mesquita, recorde-se, tinha deduzido acusação particular contra a vereadora, imputando-lhe um crime de injúria. Esta acusação foi acompanhada pelo Ministério Público, que entendeu estar em causa um crime de difamação. A vereadora pediu a instrução do processo alegando que não teve intenção de ofender o queixoso, tendo a juíza de instrução decidido não mandar o caso para julgamento. O empresário recorreu então para o Tribunal da Relação de Évora.

Recorde-se que a vereadora da Educação na Câmara de Almeirim, usou a sua posição de autarca para afrontar o empresário, tomando as dores do marido, que é presidente do Fazendense e que andava em guerra com André Mesquita, na altura presidente do União de Almeirim, por causa da rivalidade dos clubes.

A vereadora mandou em Setembro de 2016 um e-mail a Mesquita, do seu endereço electrónico da câmara, vincando a sua qualidade de vereadora, no qual, além de fazer considerações de carácter ainda diz, em tom de ameaça, que poderá rever o seu sentido de voto em relação a certos assuntos e certas propostas.

A juíza de instrução criminal de Santarém entendeu que as expressões usadas, apesar de a arguida ter “exagerado nas palavras”, “não atingem uma carga negativa suficiente para assumirem relevância jurídico-penal”. Mas não é esta a interpretação que teve agora o Tribunal da Relação.

No e-mail a vereadora diz que Mesquita “tem comandado operações absolutamente vergonhosas e reveladoras da maior falta de carácter”. Depois acrescenta: “Nunca pensei que houvesse pessoas capazes de assediar e perseguir outras pessoas”, referindo-se ao facto do presidente do União ter contactos com jogadores de futebol de outros clubes e nomeadamente do Fazendense para que joguem pelo clube de Almeirim. E termina dizendo que Mesquita “se deveria voltar a sentar nas cadeirinhas da escola primária ou da catequese, ou até dos escuteiros, para aprender os valores da vida em sociedade”.

Na parte final do e-mail, Maria Emília Moreira refere: “Neste momento penso que é preciso Alguém, com A bem maiúsculo, para não dizer outra coisa, que dê um valente murro em cima da mesa e que ponha as pessoas no sítio certo já que elas, por si sós, não são capazes. De nada vale ter valores e coisas à vista se, no fundo, as pessoas não têm carácter”.

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