Recolha de amostras do surto de legionella levanta dúvidas em julgamento
Inspectora da PJ revelou em tribunal forma como as autoridades recolheram material
A recolha de amostras de água contaminada das torres de refrigeração da empresa arguida no processo do surto de legionella que em 2014 atingiu o concelho de Vila Franca de Xira foi feita em garrafões de água banais e não em frascos esterilizados. A informação foi avançada pela inspectora chefe da Polícia Judiciária (PJ) na primeira sessão do julgamento da primeira acção cível apresentada no âmbito do surto de legionella que afectou o concelho.
A forma como foram recolhidas as amostras nas torres de refrigeração da ADP – Adubos de Portugal - tem sido a principal dúvida dos advogados de ambas as partes. A responsável da PJ confirmou perante o juiz que, à data, os técnicos da Administração Regional de Saúde terão cumprido com os protocolos de recolha de amostras, mas fizeram-no recorrendo a garrafões de água que previamente despejaram, secaram e voltaram a encher com amostras contaminadas, quando usualmente a Inspecção Geral do Ambiente (IGAMAOT) usa frascos esterilizados.
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