Sociedade | 20-10-2018 08:43

Serviços de ortopedia estão entupidos com doentes de osteoporose

Serviços de ortopedia estão entupidos com doentes de osteoporose
Gonçalo Martinho é médico ortopedista do Centro de Reabilitação do Nabão

Para assinalar o Dia Mundial da Osteoporose, que se comemora hoje, 20 de Outubro, conversámos com o médico ortopedista Gonçalo Martinho.

A osteoporose não se trata num mês e o medicamento do vizinho não serve para tratar as maleitas alheias. Para assinalar o Dia Mundial da Osteoporose, que se comemora a 20 de Outubro, conversámos com o médico ortopedista Gonçalo Martinho, do Centro de Reabilitação do Nabão, que revela que os serviços de ortopedia estão, hoje em dia, “entupidos” com doentes de osteoporose.

A osteoporose é um problema de saúde pública com sérias consequências para a sociedade. Gonçalo Martinho, médico ortopedista, alerta para a perda de independência do doente que altera a estrutura social/familiar à sua volta e aumenta os custos para o Serviço Nacional de Saúde. “A prevenção pode, a médio prazo, significar muitos milhões de euros de poupança ao Orçamento de Estado”, refere o médico.

Os serviços de ortopedia estão, hoje em dia, “entupidos” com doentes de osteoporose. As mulheres, depois da menopausa, são as “vítimas” mais frequentes. O motivo é a alteração hormonal que acontece por volta dos 65 anos e que vai tornando o osso cada vez mais frágil. As fracturas mais comuns, que normalmente denunciam um caso de osteoporose, são as da coluna, do rádio (punho), do colo do fémur e da bacia. Algumas destas fracturas obrigam à imobilidade, o que, por sua vez agrava a doença. “O osso perde estrutura se não nos mexermos”, diz Gonçalo Martinho.

Além de uma componente hereditária, existem factores externos que podem contribuir para a osteoporose, como o tabaco, o álcool, o café e os hábitos de vida pouco saudáveis, como o sedentarismo e a falta de sol (vitamina D).

Há tratamento para a doença e existem várias opções de medicação que devem sempre ser acompanhadas pelo médico, caso a caso. “Não se pode cair na tentação de usar os comprimidos do vizinho porque a base da doença pode ser muito diferente”, refere Gonçalo Martinho. Questionado quanto aos suplementos alimentares anunciados na TV, o médico diz sorrindo que apenas fazem bem a quem os vende. A aposta deve passar pela prevenção e a única forma de manter ossos saudáveis é com uma alimentação variada, onde se incluí o leite e os seus derivados, a prática de exercício físico e a exposição ao sol nas horas de menor risco e sem protector solar.

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