Sociedade | 10-11-2018 18:00

Construção e concessão do crematório de Santarém já estão adjudicadas

Se os prazos previstos forem cumpridos, no início de 2020 o equipamento deve estar pronto a funcionar

A Câmara de Santarém adjudicou a um consórcio, composto pela funerária Servilusa e pela construtora FPC – Construções, a concepção, construção e concessão da exploração, pelo prazo de 30 anos, do crematório a edificar junto ao Cemitério dos Capuchos, em Santarém. Essa foi a única proposta que chegou à autarquia, apesar de ter havido sete interessados a consultar o caderno de encargos.

O consórcio compromete-se a pagar uma percentagem de 5% à Câmara de Santarém sobre o valor da facturação de todos os serviços prestados e ainda isenta a autarquia do pagamento de 326 cremações de restos mortais. No entanto, nos três primeiros anos de funcionamento do crematório, o concessionário fica dispensado de pagar a retribuição de 5% sobre a facturação.

A deliberação do executivo camarário foi tomada na reunião de segunda-feira, 5 de Novembro, e foi aprovada exclusivamente pela maioria PSD. Os vereadores do PS abstiveram-se, alegando mais uma vez que são contra a localização do crematório junto ao cemitério, preferindo a construção de um novo cemitério com crematório noutro ponto da cidade mais bem servido de acessos.

Segundo explicou o vereador Jorge Rodrigues (PSD), o consórcio tem agora um período de 60 dias para entregar o anteprojecto, a que se segue um período de 45 dias para elaborar o projecto. Depois disso, as obras devem arrancar no prazo máximo de 30 dias. O prazo de execução da empreitada é de 270 dias, havendo depois um período de 60 dias para montagem de todo o equipamento necessário. A serem respeitados os prazos agora divulgados, a infraestrutura deve estar pronta a funcionar no primeiro trimestre de 2020.

No final da reunião de câmara, no período destinado ao público, José Marcelino, um ex-vereador da CDU que reside na zona do cemitério, também se manifestou contra a localização do crematório, pedindo, perante o facto consumado, que o município recupere e valorize essa zona da cidade. Solicitou ainda que seja alterado o zonamento para efeitos de IMI, pois é uma das zonas mais caras da cidade.
Na resposta, o presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), afirmou que a Avenida António dos Santos vai ser requalificada até ao cemitério já no próximo ano, havendo financiamento garantido da União Europeia. Quanto à alteração do zonamento para efeitos de IMI, diz que é algo a ponderar e que tem que ser falado com a Autoridade Tributária.

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