Sociedade | 13-01-2019 10:00

Vamos lá ver se a União Europeia paga a requalificação do Bairro Camões

Vamos lá ver se a União Europeia paga a requalificação do Bairro Camões
O MIRANTE DOS LEITORES

O bairro já anda a ser alvo de promessas de requalificação há muitos anos mas as promessas levou-as o vento.

As pequenas casas do Bairro Camões, no Entroncamento, que a CP disponibilizava para habitação dos seus trabalhadores, nos tempos em que a CP não tinha ainda sido desmembrada e o caminho de ferro era uma realidade em termos de transporte público, foram objecto, bem como os espaços exteriores, nomeadamente arruamentos, de mais um projecto base de requalificação urbana aprovado, desta vez, pela câmara municipal do Entroncamento.

O bairro já anda a ser alvo de promessas de requalificação há muitos anos mas as promessas levou-as o vento e nos últimos anos muitas casinhas viram as portas e janelas tapadas com tijolos para não se degradarem ou não serem alvo de vandalismo.

A meio de 2005, para falar das promessas mais recentes, a REFER anunciou que iria recuperar o bairro e a Escola Camões. A Escola foi-se deteriorando também e houve partes que abateram, tendo o exterior sido vandalizado. Da recuperação não se viu nada.

Quatro anos mais tarde em 2009, fez-se mais alarido quando a Invesfer (uma empresa de capitais públicos da Refer que tinha, ou tem, por objecto a prestação de serviços de valorização de património imobiliário) chegou a apresentar um esboço base para a reconversão urbanística de parte da área ocupada com a infra-estrutura ferroviária, entre a estação e a rua Ferreira de Mesquita (Estrada Nacional 3), que incluía os bairros ferroviários, entre os quais o Bairro Camões. E foi disponibilizada aquela área para o concurso da Europan de ideias inovadoras, destinado a novos arquitectos. Infelizmente, tudo ficou por ali.
Mais recentemente, o actual presidente da câmara propôs-se comprar todo o bairro por um euro, não se sabendo se a proposta foi aceite. Seja como for, o projecto base de requalificação, agora aprovado pelo município, só avançará, se houver fundos comunitários. Por isso, antes do foguetório, vejamos se Bruxelas abre os cordões à bolsa e se, mesmo assim, alguém concretiza a obra. Daqui a dez anos, se ainda por cá andar, voltarei ao assunto.
Tiago João Gouveia Riscado

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