Sociedade | 03-02-2019 18:00

“Foi um choque positivo ver o crescimento de Alverca”

“Foi um choque positivo ver o crescimento de Alverca”
IDENTIDADE PROFISSIONAL

Carla Tavares tem 44 anos e é vogal no executivo da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo e Sobralinho

É um rosto conhecido da cidade de Alverca e integra o executivo CDU que nas últimas eleições derrubou os socialistas da gestão da maior cidade do concelho de Vila Franca de Xira. Na vida já fez um pouco de tudo e confessa que o desafio de gerir a coisa pública está a ser mais desafiante do que imaginava.

Trabalhar em prol da população, estando ligada a todas as necessidades e aspirações da comunidade, é o grande estímulo de Carla Tavares, vogal no executivo da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo e Sobralinho. “Está a ser muito positivo porque as pessoas têm sempre algo a dizer, seja positivo ou negativo. Trabalhamos todos os dias em prol da população”, refere.

Carla é lojista e um rosto conhecido da cidade de Alverca. Já fez de tudo um pouco. Um dos seus primeiros empregos foi ajudando uma arquitecta paisagista no seu doutoramento, na recolha de sementes. Foi depois promotora na editora musical Espacial e passou também por um call-center da Portugal Telecom, empresa onde teve um percurso profissional de 12 anos.

“Não tenho medo do trabalho e acredito sempre que é preciso meter mãos à obra. O nosso país permite continuar a sonhar mas nem sempre o que sonhamos podemos concretizar. Os jovens ainda hoje se deparam com essas dificuldades. É essencial podermos fazer o que gostamos”, considera. A sua formação está relacionada com a área de letras mas o teatro é o que realmente a apaixona. Ser actriz era a sua profissão de sonho quando era pequena.

Crescer em Alverca permitiu-lhe uma infância que diz ter sido fantástica, com muitos amigos e calmaria. “Naquele tempo era tudo mais calmo. Para ir de casa para a escola passava por imensas hortas. Com seis anos atravessava sozinha a estrada nacional, que nem tinha passadeiras. Havia muito menos trânsito. A cidade cresceu bastante. Foi um choque positivo ver o crescimento de Alverca”, conta a O MIRANTE.

Carla Tavares envolveu-se no mundo da política quando andava na faculdade. O Partido Comunista Português foi a sua escolha natural, identificando-se com os seus valores e missão. Cresceu a ouvir o avô falar-lhe da vida do campo, das vivências dos trabalhadores de sol a sol e das suas dificuldades. “O meu avô foi uma das pessoas que me explicou como a vida é difícil e como temos de lutar para melhorar a nossa qualidade de vida”, conta.

Já lá vão 15 anos de vida política ininterrupta. Nos últimos três mandatos esteve como eleita na assembleia de freguesia. Agora encara com optimismo o desafio que o partido lhe lançou de fazer parte do executivo da junta liderado por Carlos Gonçalves.

“Tentamos sempre estar presentes e ajudar a população dentro das nossas possibilidades e das nossas competências, porque algumas delas dizem respeito à câmara municipal. Tem sido mais trabalho do que pensava, mas é muito gratificante. Termos vencido as eleições dá-nos uma responsabilidade acrescida e uma oportunidade de fazer diferente”, defende.
O que a cativa no seu dia-a-dia é poder ouvir a população e por isso realça a realização das sessões públicas de esclarecimento, descentralizadas, promovidas pela junta para ouvir a população em zonas como Arcena, Bom Sucesso e Sobralinho.

“Ainda há muito por fazer e vamos tentar fazê-lo. Temos consciência que há coisas que não acontecem com a rapidez que desejávamos. Somos uma freguesia muito grande, com muita população. E o parco orçamento que temos também não o vai permitindo”, nota. Para Carla Tavares a honestidade é fundamental. “Gosto de ser realista. De não haver mentiras e as coisas serem claras. Se for honesta comigo serei com todos os que me rodeiam, quer em casa quer na junta”, refere.

Vogal a meio tempo na junta, Carla tem a seu cargo os pelouros da educação, comércio local, eventos festivos, serviços administrativos, comunicação e informática. “Temos a visão estratégica que a cidadania começa pela educação. Temos tentado em articulação com as escolas que os jovens vejam que tudo o que está no espaço público é de todos nós. Tentamos sempre direccionar uma perspectiva de educação para a cidadania e usufruto do espaço público”, conclui.

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