Varino de Vila Franca de Xira pode atracar em cinco novos cais de Lisboa
Protocolo quer destacar riqueza patrimonial daquela embarcação
O barco varino Liberdade, símbolo da cultura avieira de Vila Franca de Xira, vai poder atracar gratuitamente em cinco novos cais da zona de Lisboa: Pontão do Achigã, Doca de Alcântara, Doca de Santo Amaro, Doca de Belém e na Doca de Pedrouços. Essa medida permite levar passageiros, especialmente turistas e estudantes, mais longe no rio e ao mesmo tempo aproximar o barco de turistas e novos entusiastas.
Para permitir a acostagem vai ser assinado um protocolo de colaboração entre a Câmara de Vila Franca de Xira e a Administração do Porto de Lisboa. É um protocolo que abrange também outros municípios do Estuário do Tejo que tenham embarcações típicas, visando a promoção dessas embarcações do Tejo enquanto “parte de um património dotado de extrema riqueza”, lê-se no documento.
O varino Liberdade, de Vila Franca de Xira, é um dos barcos tradicionais do Tejo mais bem conservados do país e a sua popularidade está espelhada no número de visitantes, que chega em alguns anos a ser superior ao meio milhar. Com apenas 40 lugares a maioria dos seus passeios pelo Tejo estão sempre esgotados com antecedência.
O varino Liberdade fazia parte de uma frota de intenso tráfego fluvial de transporte de mercadorias. Tem dezoito metros, quarenta toneladas, duas velas, proa alta e um fundo chato que lhe permite navegar pelos baixios.
Recados a deputados no EVOA
Vários deputados dos diferentes grupos parlamentares visitaram o EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves de Vila Franca de Xira no dia 2 de Abril e ouviram de Alberto Mesquita vários recados. O autarca vilafranquense lembrou os deputados, no que disse ser “uma reunião interessante”, para a necessidade de se salvaguardar a qualidade da água usada para o regadio, recuperar o mouchão da Póvoa e assumir como prioridade, de uma vez por todas, a navegabilidade no Tejo. “Se não tivermos boa navegabilidade os barcos tradicionais também terão dificuldade. Alguns encalham e têm de esperar pela maré para seguir o seu destino”, lamentou.