O suspeito do homicídio qualificado, incêndio e profanação do corpo de Ricardo Porfírio, encontrado morto na terça-feira, 23 de Abril, em Vale do Coto, concelho de Caldas da Rainha (Leiria), vai aguardar julgamento em prisão preventiva. A medida de coacção foi aplicada na quarta-feira, 24 de Abril, pelo juiz de instrução criminal de Santarém, após interrogatório.

A Polícia Judiciária (PJ) refere que começaram a tomar diligências logo desde o conhecimento do desaparecimento do jovem de 21 anos de idade, natural da Branca, concelho de Coruche, a 16 de Abril. Inicialmente o caso estava a ser averiguado pela secção de averiguação de pessoas desaparecidas, mas dado a falta de informação da localização da vítima, foi passado posteriormente para a secção de investigação de homicídios.

A detenção do suspeito, de 31 anos de idade, ocorreu ainda no dia 23, após a descoberta do corpo do jovem e do seu automóvel. A Judiciária garante que reuniu um “importante e sólido acervo probatório que permite indiciar fortemente o suspeito como autor do crime”. Adianta ainda que a prática dos crimes por parte do suspeito ocorreu na sequência deste encontro pessoal.

Ricardo Porfírio ausentou-se de Coruche no dia do seu aniversário, a 15 de Abril, para ir ter com o namorado, que reside em Caldas da Rainha, e disse ao pai que ia estar em casa à hora de jantar. Os familiares comunicaram às autoridades locais do desaparecimento do jovem no dia seguinte.

Foram os moradores da aldeia que alertaram as autoridades depois de estranharem a presença de uma viatura há vários dias, numa zona de vegetação de uma propriedade privada. Quando os meios de socorro chegaram ao local é que se aperceberam do corpo do jovem completamente carbonizado debaixo do carro.

Ricardo Porfírio estudou na Escola Profissional de Vale do Tejo, em Santarém, e neste momento estava ligado à vida militar. Quem o conhece define-o como um jovem trabalhador e brincalhão.