Sociedade | 09-05-2019 19:20

Terminaram audições da comissão de inquérito ao furto de Tancos

Terminaram audições da comissão de inquérito ao furto de Tancos
ROUBO
foto DR

Comissão que investiga as consequências e responsabilidades políticas do furto do material militar terminou as audições e vai enviar perguntas a António Costa que tem dez dias para responder.

O ex-ministro da Defesa Nacional José Azeredo Lopes garantiu na terça-feira, 7 de Maio, que não deu conhecimento ao primeiro-ministro da existência de um informador no caso da recuperação do material militar furtado em Tancos, em 2017.

Ouvido durante mais de quatro horas na última audição da comissão parlamentar de inquérito ao furto de Tancos, Azeredo Lopes foi questionado diversas vezes, por todos os partidos, do CDS-PP ao PS, sobre se dera conhecimento da informação a António Costa e deu sempre a mesma resposta - "não".

“Tive conhecimento do informador e não transmiti ao senhor primeiro-ministro deste conhecimento lateral, tendo em conta as circunstâncias”, afirmou Azeredo Lopes, que considerou o documento entregue por dois responsáveis da PJ Militar ao seu então chefe de gabinete, general Martins Pereira, não um memorando, mas sim um documento apócrifo, não timbrado e sem data.

O antigo ministro recusou, igualmente, ter tido acesso a informação de que a PJ Militar fez uma encenação à volta da operação da recuperação das armas, em Outubro de 2017.

Durante a audição, Azeredo Lopes admitiu que o seu ex-chefe de gabinete o informou do essencial do documento, mas que só o leu, em papel, no dia em que se demitiu, a 12 de Outubro de 2018.

O furto de material de guerra foi divulgado pelo Exército em 29 de Junho de 2017. Quatro meses depois, a PJ Militar revelou o aparecimento do material furtado, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração de elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

Termina esta quarta-feira, 8 de Maio, o prazo para os partidos entregarem à comissão parlamentar de inquérito sobre o furto de Tancos as perguntas, por escrito, dirigidas ao primeiro-ministro. Como chefe do Governo, António Costa tem a prerrogativa legal de responder por escrito a perguntas formuladas por uma comissão de inquérito, como é a de Tancos, tendo dez dias para responder após a sua recepção segundo o regime jurídico dos inquéritos parlamentares.

A comissão que investiga as consequências e responsabilidades políticas do furto do material militar tomou posse a 14 de Novembro de 2018 e fez um total de 45 audições.

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