Sociedade | 18-05-2019 07:00

Futuro da gestão do Hospital Vila Franca de Xira decidido até final do mês

Futuro da gestão do Hospital Vila Franca de Xira decidido até final do mês
SAÚDE

Gestão da unidade é elogiada mas cabe ao Governo decidir a sua continuidade.

O futuro da gestão do Hospital Vila Franca de Xira, considerado um dos mais eficientes do país, fica decidido até ao final deste mês, altura em que o Governo tomará a decisão se mantém a parceria com a José de Mello Saúde e renova o contrato ou se abandona esse modelo e a unidade de saúde volta para a esfera da gestão pública.

O relatório intercalar da avaliação às parcerias público-privadas (PPP) na saúde, realizado pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos, está em fase final de conclusão e será com base na apreciação desse documento que o Estado tomará uma decisão.

O contrato de gestão actualmente em vigor arrancou em 2009 e termina em Junho de 2021, devendo o Estado tomar uma decisão até dois anos antes e comunicá-la ao privado. A gestão da unidade de Vila Franca de Xira, a cargo da José de Mello Saúde, é elogiada por diversos protagonistas nacionais e locais, a começar pelo presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), que considera que a parceria se deve manter tendo em conta os bons resultados alcançados por aquela gestão.

O autarca diz mesmo que se não fosse o modelo de PPP adoptado em Vila Franca de Xira a população teria saído prejudicada e, muito provavelmente, ainda estaria a ser atendida no velho hospital.

Uma certeza é que ter bons resultados de eficiência – ou até ganhos financeiros para as contas do Estado - pode não ser uma garantia de continuidade da parceria, bastando para tal ver o que aconteceu no Hospital de Braga, também uma PPP gerida pela José de Mello Saúde que termina a concessão em Agosto depois do governo ter decidido interromper a avaliação da possibilidade de voltar a entregar a gestão a um privado. Foi o único hospital do país a conquistar a classificação máxima em oito áreas clínicas.

A ministra da Saúde justificou a decisão com a “indisponibilidade definitiva do parceiro privado para continuar a operar”. Naquele hospital os 2.800 trabalhadores irão manter os postos de trabalho, incluindo aqueles que mantêm um contrato com a entidade privada.

A somar a Braga também a PPP do Hospital de Cascais terminou. O formato destas parcerias é contestado pelos dois partidos que ajudam a suportar o governo – PCP e BE – e a decisão que virá a ser tomada sobre a unidade de Vila Franca de Xira clarificará a posição do governo sobre o tema das PPP.

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