Liberdades e ditaduras
Na última sessão da Assembleia Municipal de Azambuja, o deputado do PSD António Jorge Lopes acusou os deputados da CDU de tentarem impor a sua noção de liberdade.
Na última sessão da Assembleia Municipal de Azambuja, o deputado do PSD António Jorge Lopes acusou os deputados da CDU de tentarem impor a sua noção de liberdade e de não respeitarem as posições do PSD e CDS. A intervenção veio a propósito da sessão comemorativa do 25 de Abril naquele concelho, onde, no seu discurso, o deputado da CDU António Nobre criticou os partidos de direita por não se levantarem no momento em que tocou a música “Grândola, Vila Morena”, insinuando que estariam contra os valores do 25 de Abril. Entre menções a ditaduras comunistas e aos exemplos dos regimes da Coreia do Norte e Venezuela, o deputado do PSD acusou a CDU de “tentar cercear a liberdade em regimes democráticos” e defendeu que no “dia em que ela tiver um dono deixa de ser liberdade” e passa a ser uma ditadura. “Vocês vão continuar a ser comunistas, nós nunca seremos fascistas”, insistiu António Jorge Lopes. A intervenção aqueceu os ânimos e, entre risadas e uma salva de palmas do público, o deputado da CDU resolveu questionar para que foi “aquele teatro”. Ao que parece, a peça teatral correu tão bem que no final o presidente da assembleia municipal, António Duarte, entendeu ser oportuno abrir uma caixa de chocolates e distribuí-los pelos actores políticos, para adoçar o ambiente.