Sociedade | 22-05-2019 10:00

Casa do Campino pode ser o destino dos vendedores do mercado de Santarém

Essa é a mais recente proposta da Câmara de Santarém para o período em que durarem as obras no espaço.

Os vendedores e lojistas do mercado municipal de Santarém poderão ser instalados no complexo da Casa do Campino enquanto decorrerem as obras naquele espaço, caso aceitem a mais recente proposta que lhes foi dirigida pela Câmara de Santarém. A autarquia já se tinha disponibilizado para adaptar o antigo pavilhão do artesanato, no Campo Infante da Câmara, para ali instalar os comerciantes durante as obras no mercado, que devem arrancar no próximo Verão, mas a esmagadora maioria rejeitou essa proposta.

Na reunião de câmara de segunda-feira, 20 de Maio, o presidente Ricardo Gonçalves (PSD), disse que apresentou recentemente aos interessados essa nova alternativa, tendo em conta que há uma parte da Casa do Campino que está fechada grande parte do ano, com excepção dos períodos em que ali decorrem o Festival Nacional de Gastronomia e as Festas de São José. Nesses períodos, a venda na Casa do Campino seria suspensa.

As obras no mercado de Santarém têm duração prevista de cerca de um ano e têm sido alvo de contestação por parte dos vendedores, que se mostraram contra a localização alternativa inicialmente proposta pelo município e também devido à falta de garantias quanto ao seu futuro no espaço, após as obras estarem concluídas.

Recorde-se que no dia 2 de Maio, os vendedores do mercado diário de Santarém anunciaram que iam interpor uma providência cautelar para impedir o arranque das obras no edifício até que fossem acautelados o que consideram ser os seus direitos. Estela Lázaro, uma das sete lojistas do mercado, disse que os vendedores foram surpreendidos com a afixação, nesse mesmo dia, de um edital determinando a extinção dos direitos de uso e a entrega dos espaços num prazo de 30 dias.

Na altura, o presidente da Câmara de Santarém afirmou que as obras, uma intervenção superior a dois milhões de euros para concretização de um projecto do arquitecto Henriques Durão, devem ter início em Julho. É intenção da autarquia a concessão da gestão do espaço a uma empresa privada, mediante concurso público, confirmou o autarca.

Essa decisão está igualmente a gerar o descontentamento dos vendedores, que não aceitam ter de vir a concorrer em igualdade de circunstâncias com outros candidatos, invocando o facto de estarem há décadas nesse espaço, um edifício de 1930, do arquitecto Cassiano Branco.

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