Azambuja suspende PDM para permitir ampliação de entreposto da Sonae
Com esta decisão, o município garante a continuação da actividade desse importante grupo empresarial no concelho.
A Câmara de Azambuja explica que a não aprovação da suspensão do PDM levaria a que a empresa tivesse de desactivar as actuais instalações no concelho, situação que afectaria directamente os colaboradores residentes em Azambuja e a economia local.
Município de Azambuja vai suspender parcialmente o Plano Director Municipal (PDM) para que a SONAE possa ampliar as suas instalações, evitando assim a sua deslocalização para fora daquele concelho.
A Câmara de Azambuja aprovou a suspensão parcial do Plano Director Municipal (PDM) para permitir a ampliação do entreposto da empresa Sonae MC, na Estrada do Espadanal, em Azambuja. A proposta foi votada na última reunião de câmara descentralizada, realizada na freguesia de Alcoentre, tendo sido aprovada com os votos favoráveis do PS e PSD e uma abstenção da CDU.
Esta decisão vai permitir à Sonae ampliar o entreposto de Azambuja, uma vez que o PDM em vigor não é compatível com a ocupação e transformação dos terrenos para empresas já existentes, nem com o rácio para lugares de estacionamento necessários. De acordo com a Sonae, a necessidade de aumentar a sua capacidade de armazenamento prende-se com a abertura de mais de 750 lojas na última década e a previsão de abertura de mais 20 novas lojas por ano, durante os próximos quatro anos.
A Câmara de Azambuja explica que a não aprovação da suspensão do PDM levaria a que a empresa tivesse de desactivar as actuais instalações no concelho, situação que afectaria directamente os colaboradores residentes em Azambuja e a economia local. Recorde-se que o PDM, instrumento de gestão territorial em vigor, já tem 23 anos e encontra-se em fase de revisão.
“O incumprimento de prazos” na revisão do PDM em vigor “não pode pôr em causa projectos importantes para o concelho”, considerou o vereador do PSD, Rui Corça, sublinhando que os argumentos apresentados pela Sonae são “válidos” para que se abra esta excepção. Também o vereador David Mendes, da CDU, referiu que “um documento existente não pode bloquear o desenvolvimento económico” do território.
Com novo espaço de armazenamento deste entreposto - responsável pelo abastecimento de produtos alimentares secos, frescos e refrigerados na região Centro, Sul e região autónoma da Madeira - vão ser criados 300 novos postos de trabalho directos na próxima década. A proposta para a sua suspensão parcial do PDM vai ser remetida à CCDR-LVT para emissão de parecer.