Sociedade | 16-06-2019 12:30

Incendiada pelo marido em Frade de Cima vai ser submetida a cirurgias plásticas

Incendiada pelo marido em Frade de Cima vai ser submetida a cirurgias plásticas
CRIME

Sílvia Raposo continua internada no Hospital de São José e a ser acompanhada por psicólogos.

Sílvia Raposo, 41 anos, que ficou com queimaduras graves quando o marido a tentou matar na residência em Frade de Cima, Alpiarça, incendiando-a, continua internada no Hospital de São José, em Lisboa. A mãe de dois filhos e viúva, uma vez que o marido se suicidou de seguida, está traumatizada e precisa de se submeter a várias operações plásticas. A funcionária do hipermercado Continente de Santarém está a ser acompanhada por um psicólogo e os médicos estão a preparar-se para começar as intervenções cirúrgicas nas costas, peito, pescoço e braços, zonas onde sofreu queimaduras graves.

Os filhos de 9 e 17 anos, que também ficaram em estado de choque, encontram-se a ser acompanhados por psicólogos e a residir na casa dos avós maternos, em Alpiarça, enquanto a mãe se restabelece. Segundo um familiar, que prefere não ser identificado, o casal encontrava-se em processo de divórcio e há alguns meses que as discussões eram cada vez mais frequentes.

O mesmo familiar disse a O MIRANTE que, um mês e meio antes da tragédia, Paulo Farropo tinha estado quinze dias internado na psiquiatria do Hospital de Santarém depois de se ter tentado suicidar. Paulo tinha tomado medicamentos e depois desse episódio e do internamento tinha consulta marcada para 16 de Junho.

O caso ocorreu pelas 05h00 da madrugada de sábado, 1 de Junho. O casal entrou numa discussão acesa e o ex-contabilista da empresa Electrotejo, que estava desempregado, regou-a com álcool, pegando-lhe fogo com um maçarico e, logo de seguida, ao veículo dela que se encontrava em frente à habitação. Sílvia, que na altura se encontrava dentro de casa, correu logo para o chuveiro para se molhar e, de seguida, agarrou nos filhos, saltou o muro da casa e começou a correr até à casa de vizinhos para pedir ajuda.

Manuel Carapinha, vizinho, foi dos primeiros a aperceber-se de toda a situação e a acudir Sílvia e os dois filhos, completamente em pânico. “Abrimos a porta e a minha filha, que é enfermeira, começou logo a fazer-lhe os primeiros curativos”, contou a O MIRANTE o residente em Frade de Cima, adiantando que ainda trocou algumas palavras com Paulo Farropo antes de ele se fechar em casa, tendo acabado por se enforcar na garagem.

Paulo Farropo era natural de Alpiarça e trabalhou como contabilista durante vários anos na empresa Electrotejo, situada em Almeirim. Quem o conhece diz que Paulo era uma pessoa reservada e pouco sociável, mas muito ligado aos filhos.

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