Arquivo | 03-12-2013 09:22

Empresários portugueses cautelosos perante últimas medidas do governo venezuelano

Os empresários portugueses reagem com "cautela" à decisão do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de ordenar a prisão de comerciantes que especulem ou remarquem os preços dos produtos que comercializam no país.Vários empresários explicaram à Agência Lusa que tinham que "esperar para saber em que contexto" o Presidente fez esse pedido às autoridades, admitindo que alguns comerciantes não tenham aplicado na totalidade as instruções do governo venezuelano de baixarem os preços dos produtos que comercializam."Estou no meu escritório e aqui ainda não sabemos de nada, não posso opinar sobre os anúncios que fez" o Chefe de Estado, disse à Agência Lusa o presidente da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio e Turismo.Ao ser questionado também sobre a regulação dos preços dos alugueres e a proibição de contratos em moeda estrangeira, José Luís Ferreira voltou a insistir que "é preciso conhecer primeiro o conteúdo do decreto"."É preciso esperar que seja publicado na Gazeta Oficial (equivalente ao Diário da República), analisar o seu conteúdo para perceber o alcance da lei e aí poder emitir alguma opinião", frisou.O presidente Nicolás Maduro, instou na semana passada as autoridades venezuelanas a prender os comerciantes que cobrem altos valores ou remarquem os preços dos produtos que se comercializam no país."Peço a todos os organismos públicos que, em todas as inspecções que se façam e se demonstre amplamente que houve remarcação de preços, atuem com toda a severidade da lei e, por serem delitos em flagrante, se proceda imediatamente à detenção dos responsáveis, sejam quem forem", declarou.Durante uma reunião de trabalho com os seus ministros Maduro assinou um decreto para regular o preços dos alugueres dos estabelecimentos comerciais no país, baixando os valores cobrados mensalmente para o máximo de 250 bolívares (28,50 euros) por metro quadrado.Por outro lado, passam a estar proibidos também os arrendamentos em dólares ou noutra moeda estrangeira.A 8 de Novembro, o Presidente da Venezuela obrigou as lojas de electrodomésticos do país a baixarem os preços, na sequência de inspecções que detectaram alegados "aumentos injustificados".Dois dias depois Nicolás Maduro, anunciou que o seu governo vai impor limites ao lucro em todas as áreas da economia e estabelecer penas de prisão mais pesadas para os empresários que especulem.

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