Arquivo | 05-12-2013 17:25

Homem de Gaia confessa ter matado senhoria a tiro de caçadeira, mas nega premeditação

Um homem de 59 anos acusado de matar a senhoria com um tiro de espingarda caçadeira na cabeça confessou hoje o crime no Tribunal de Vila Nova de Gaia, mas negou que aquele tenha sido premeditado.O arguido, de Vila Nova de Gaia, que se encontra em prisão preventiva, confessou que em Setembro de 2012 disparou contra a sua senhoria, de 79 anos, que, na altura, "estava no quintal". Depois disso, regressou para o interior da casa e chamou a polícia para se entregar."Quando a minha senhoria me deu uma ordem de despejo, fiquei desesperado. Não tinha para onde ir. Já tinha pedido à Segurança Social uma casa, mas não me arranjaram", explicou o homem que esclareceu ainda que, até ao dia do crime, nunca lhe passou pela cabeça fazer mal à senhoria.Apesar de ter carregado a arma no dia anterior ao crime, não premeditou o crime, insistiu.Durante a audiência foram ouvidas testemunhas como as duas filhas da vítima e o médico psiquiatra do suspeito, que garantiu que não se tratava de um homem violento e que, apesar do "distúrbio a nível do desenvolvimento da personalidade, dificilmente haveria risco de repetir tal atitude violenta".A juíza ouviu ainda uma filha do arguido que o descreveu com um "homem bastante solitário", mas que "nunca tinha feito mal a ninguém".No final da sessão, o Ministério Público alegou que a confissão é esclarecedora para uma condenação. Lembrou ainda que o arguido está ainda acusado de posse ilegal de arma.Já o advogado dos assistentes frisou que se trata "de um crime brutal e que os relatórios clínicos feitos ao arguido dizem que pode reincidir". Para além disso, defende que o crime foi premeditado, pedindo, por isso, uma "condenação exemplar".Por sua vez, a defesa alegou que o arguido não planeou o crime e agiu num ato de desespero. O advogado explicou que o homem, de 59 anos, "não é pessoa de maus instintos, nem está voltado para o mal, e que este foi um ato irreflectido".Explicou ainda que "não se sabe se carregou a arma no dia anterior para se suicidar ou com qualquer outro tipo de intenção".A leitura da decisão judicial está marcada para o próximo dia 12, às 09h30.

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