O antigo pavilhão de feiras da NERSANT está ao abandono há mais de uma dúzia de anos. No dia da última assembleia-geral da associação, que se realizou numa sala contígua ao auditório, espreitamos lá para dentro e o cenário é desanimador. Os pombos tomaram conta do telhado e há espaços onde as fezes já têm alguns centímetros de altura. No dia da assembleia geral, o presidente da direcção, Domingos Chambel, queixou-se de excesso de recursos humanos e afirmou que a NERSANT vai vender participações que tem em empresas para conseguir equilibrar as contas. Diz ele que “isto não se faz com um estalar de dedos” e pediu paciência aos associados que na sala eram menos de meia dúzia. O pavilhão da NERSANT ao abandono é uma dor de alma para quem se lembra do que era aquele espaço noutros tempos. A direcção não explica aos associados nem à população de Torres Novas se vai deixar que o espaço se degrade ainda mais e comece a ser uma lixeira ainda maior. O Cavaleiro Andante sabe que esteve previsto para o local um Centro de Empresas, em parceria com a Câmara de Torres Novas, mas as conversas não surtiram efeito. Numa altura em que a direcção da Nersant luta com dificuldades financeiras, não seria má ideia começar por cuidar do seu património.