Os postilhões que acabam e os que ainda têm muito que levar na corneta

Os postilhões que acabam e os que ainda têm muito que levar na corneta

Os CTT acabaram com aquela que era a sua imagem de marca desde 1953: o postilhão a cavalo tocando uma corneta foi desenhado pelo mestre Jaime Martins Barata e manteve-se na base da identificação dos CTT.

Os CTT acabaram com aquela que era a sua imagem de marca desde 1953: o postilhão a cavalo tocando uma corneta foi desenhado pelo mestre Jaime Martins Barata e manteve-se na base da identificação dos CTT Correios de Portugal com diferentes modernizações até aos dias de hoje. A actual administração resolveu acabar com o símbolo embora diga que o vai manter em termos institucionais. Ficam aqui algumas notas importantes para percebemos o significado da imagem mais familiar da publicidade a uma empresa portuguesa.
A trombeta servia para anunciar a chegada do postilhão a uma estação para que as cavalgaduras frescas pudessem ser rapidamente atreladas à mala-posta em substituição das bestas cansadas da viagem. O instrumento servia para dar sinal da sua chegada a um castelo, quinta ou localidade, ou em sinal de despedida, quando partia para o próximo destino.Era uma figura emblemática do correio em todo o mundo, rapidamente confundida com a própria actividade. Quando se ouvia a trombeta logo se dizia “vem aí o correio”.
Nos tempos que correm as grandes notícias que nos chegam pelo correio são as aldrabices dos banqueiros, as acções dos terroristas informáticos, as misérias dos políticos presos ou a fugirem à justiça, a fuga aos impostos no seio das fundações dos grandes magnatas do dinheiro, enfim, já era tempo dos CTT darem um sinal de modernidade. Parabéns à prima. Parabéns a todos nós que vamos continuar a ser os postilhões, vulgo cavalgaduras, do regime que em algumas situações nos remete para 1953.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1660
    17-04-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo