José Saramago: o “provinciano ingénuo da Azinhaga” a comover-se longe do país

José Saramago: o “provinciano ingénuo da Azinhaga” a comover-se longe do país

Nota dos Cadernos de Lanzarote onde o Nobel da Literatura conta, a pretexto de uma simples pesquisa numa enciclopédia, o quanto sentiu o efeito de ver as referências ao seu país numa feira do livro internacional.

28 de Outubro

Odd Karsten Krogh, da editora Cappelen, que me acompanhava na visita à Feira, levou-me a um computador onde se encontrava instalado o CD-Rom de uma grande enciclopédia. Amavelmente, para dar-me gosto, pediu à operadora que seleccionasse “Portugal”, e, acto contínuo, fui contemplado, não só com o mapa, a bandeira e o escudo do meu País, mas também com o hino pátrio, um tanto fanhoso, é certo, mas perfeitamente reconhecível. Será preciso dizer que o provinciano ingénuo da Azinhaga, que no fundo continuo a ser, teve de disfarçar a comoçãozinha que lhe fez cócegas no nariz?

José Saramago: o escritor da Azinhaga que sempre sofreu por causa da queda de cima de um cavalo que nunca montou.

Em Cadernos de Lazarote Vol. III Página 179

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