Covid-19 | 17-07-2020 11:29

Estudo revela que 3,88% da população de Almeirim contactou com o vírus

Estudo revela que 3,88% da população de Almeirim contactou com o vírus
Foto: DR

Testes serológicos incidiram sobre 270 pessoas escolhidas aleatoriamente entre a população do concelho. Maioria dos infectados não registou sintomas ou teve apenas sinais ligeiros da doença.

Um estudo serológico realizado em Almeirim, entre 23 de Maio e 4 de Julho, revela que 3,88% das 270 pessoas testadas aleatoriamente estiveram em contacto com o novo coronavírus, apesar de a maioria ter tido apenas sintomas ligeiros. Ou seja, o estudo revelou um número apreciável de casos de infecção assintomática que de outro modo não seriam detectados.

Em relação aos 200 profissionais de saúde de primeira linha testados, verificou-se que apenas 1% mostravam anticorpos contra o vírus. “Este baixo número de testes positivos numa população com maior risco de exposição, sugere que a implementação de medidas de protecção pessoal dos profissionais foi bem-sucedida”, lê-se em comunicado onde são divulgadas as conclusões do estudo.

O estudo, promovido pela Câmara de Almeirim em colaboração com o Agrupamento de Centros de Saúde Lezíria e o Instituto Gulbenkian de Ciência, incidiu também sobre 83 casos de pessoas infectadas ou que contactaram com casos confirmados. Concluiu-se que em cerca de um terço dos indivíduos em vigilância activa foram detectados anticorpos para o vírus da Covid-19, sem que tivesse sido previamente detectada infecção viral.

Carlos Penha Gonçalves, investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência que participou no estudo, diz que “é crucial perceber como o vírus se transmite silenciosamente e como circula sem dar sinais da sua presença, infectando alguns mais que outros”. Para isso, refere, há que recorrer às “ferramentas mais poderosas que conhecemos”, que são os estudos serológicos utilizados de forma estratégica e em alvos representativos da população.

A realização de testes serológicos é uma ferramenta determinante para estimar a dispersão do vírus na população, para avaliar a exposição dos grupos de profissionais de risco e para o seguimento das cadeias de transmissão. Segundo Pedro Ribeiro, presidente da Câmara de Almeirim, só se pode actuar estrategicamente se se conhecer a realidade da população. “A colaboração entre as diferentes estruturas é fundamental na resposta táctica e preventiva para minimizar os efeitos da actual pandemia”, considera o autarca.

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