A Palavra dos Leitores | 19-08-2021 10:39

E era uma vez o sonho

Não, o sonho não foi perdido! O sonho, esse, era parte dela, e é parte de nós, é parte de um todo que se une em torno de um ideal.

“Once upon a time, there was a little girl…” e assim começam os contos infantis, pelo menos todos os que se prezam, os contos fantásticos e do mundo da fantasia, aqueles contos que encantam as crianças no apogeu da sua meninice e têm o condão de as fazer sonhar!

E, foi um destes maravilhosos e imaginários contos, que encantou uma menina em especial: uma menina de cabelos escuros entrançados, olhos sonhadores, mente viajante e que queria mudar o mundo! Queria transformar o mundo e sonhava, sonhava e cantarolava docemente as cantigas que na escola lhe haviam ensinado, e, de casa, levava no peito cantante, as mais belas canções de embalar.

E a menina foi crescendo e o sonho não perdeu!

Não, o sonho não foi perdido! O sonho, esse, era parte dela, e é parte de nós, é parte de um todo que se une em torno de um ideal… o sonho é parte da humanidade quando se pensa um mundo diferente, um mundo melhor…

E a menina cresceu!

E a menina tornou-se mulher!

E continuou a sonhar, e buscou e lutou por uma sociedade pura, sem maldade, sem cavalos de Tróia e sem a necessidade de, das brumas do passado, ter ver emergir El-Rei Dom Sebastião, montado no seu alazão, de uma brancura tal, que até as almas perdidas correriam em busca da luz!

E o sonho, finalmente, torna-se real, no seu mundo… nesse mundo construído a seu modo, onde não mais há lugar para o medo, para o rancor, para o ódio ou para a destruição!

Ai, quem me dera ser essa menina, quem me dera conseguir, pelo poder de uma varinha de condão, transformar o mundo e a vil existência dos homens sem caráter, e encontrar, por fim, as tão almejadas paz e harmonia…

Mas, atentem, ainda não é tarde! O futuro só depende de nós, só depende do sonho e da nossa infinita capacidade de sonhar.

E a vida corre, como que numa ribeira sem parar, e a vida passa e é efémera, fugaz, enquanto que nos lábios se eleva uma voz cantarolando “La Vie en Rose”, de Edith Piaf, por aqui e por acolá… “Des yeux qui font baisser les miens…”

E assim é a vida, e assim é a nossa doce existência…

“Once upon a time, there was…” cabe-vos, agora, a vós, terminarem a frase e fazer cumprir o sonho, da mesma forma que o poeta mandou “cumprir Portugal”!

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