A Palavra dos Leitores | 17-11-2021 18:24

Amor é mais do que uma palavra

Toda e qualquer forma de amor é romântica, e o amor, bem vivido, torna-se uma benesse sempre presente, uma verdade e uma certeza constantes, sentimento claro e sublime,

Entramos numa época, toda ela envolta pela magia do amor, da paz e da fraternidade entre os Homens. Assiste-se, já, ao embelezamento das montras das lojas e das ruas, por todo o nosso país, convidando-nos a entoar os belos cânticos de Natal!

E isto é amor! Mas, afinal, o que é o amor?

Sentimento de tão difícil descrição, esse, que nos brota do peito e nos envolve, numa magia única, fazendo-nos sonhar e desejar estar sempre juntinho de um “alguém”.

A escrita dos autores e dos poetas, imortalizada através dos séculos, tem provado o quão difícil é a descrição do amor.

Tem sido cantado e proclamado, ao longo dos tempos, e registado no correr da pena dos aventureiros escritores, que ousaram – e ainda hoje arriscam - retratá-lo, uns recorrendo ao romantismo, outros mostrando-o ingrato e por vezes fatal…

E assim apareceram as mais belas composições de amor… E assim foi que Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Dom Pedro e Dona Inês de Castro, Simão e “sua” Teresa, entre tantos outros, ficaram imortalizados, e o registo do seu amor, que correu mundos, perdura até hoje, mantendo-se presente na nossa doce memória, individual e coletiva.

E há diversos tipos de amor: Há o amor entre um homem e uma mulher; o amor que une pessoas de um mesmo sexo; o amor sempre colado à amizade - aquele amor que a todos os bons e grandes amigos enlaça, sustendo as quedas e os espinhos da vida; o amor ao próximo, a todos os rostos anónimos que não conhecemos, mas que, instintiva e fraternalmente, somos conduzidos a amar e a estender uma mão amiga, destinada a amparar; E, há o amor que nutrimos pelos nossos adorados “pets” – animais de estimação, companhia certa, fiel e permanente, nas longas noites de Inverno e nas caminhadas à luz das estrelas, e das inocentes e risonhas brincadeiras das crianças.

É realmente muito difícil descrever o amor. Escrevê-lo, porém, mais difícil se torna! É necessário usar as palavras certas, abrir o coração e libertar a emoção, sendo que essa é a raiz de onde provém o nobre sentimento.

E quando o nosso filho nos questiona sobre o que é o amor? Não podemos, simplesmente, recitar-lhe “O amor é um fogo que arde sem se ver”, tal ilustre e glorioso Camões! Não! Difícil é a tarefa que nos aguarda…

Contudo, há que responder sempre, e sem hesitação, às perguntas que as crianças nos fazem e começamos, então, num relato assertivo e bem pensado, as palavras bem escolhidas e um vocabulário todo ele muito claro, para que não haja sombra de dúvida, a expressar a nossa opinião sobre o tema.

No mundo em que vivemos, torna-se absolutamente imperativo falarmos com os nossos filhos, responder-lhes e encaminhá-los, mostrando-lhes os caminhos por onde a vida nos pode conduzir, permitindo-lhes uma escolha, baseada no conhecimento.

Sem tabus e sem receios, com pragmatismo mas tentando nunca pôr de parte um pouco do nosso romantismo, pois, afinal, toda e qualquer forma de amor é romântica, e o amor, bem vivido, torna-se uma benesse sempre presente, uma verdade e uma certeza constantes, sentimento claro e sublime, perpetuamente a reger o trilho da nossa vida. E não será esta também uma mensagem de Natal? – Fica à vossa consideração.

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