O MIRANTE dos Leitores | 04-09-2022 14:59

O que é que os doentes fizeram de mal para serem castigados com greves de enfermeiros e médicos?

Quando há uma greve numa empresa eu compreendo. Mas uma greve de pessoal do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente de médicos, enfermeiros ou outros profissionais que ponham em causa a adequada prestação de serviços é algo que considero desumano.

Quando há uma greve numa empresa eu compreendo. Mas uma greve de pessoal do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente de médicos, enfermeiros ou outros profissionais que ponham em causa a adequada prestação de serviços é algo que considero desumano, cruel e injustificado.
Há doentes que esperaram meses e às vezes mais de um ano por uma consulta ou cirurgia, que vão continuar à espera, sabe-se lá quanto tempo porque consultas, cirurgias e tratamentos não se realizam no dia seguinte tendo que ser remarcados.
Doentes que estão internados, muitos dos quais totalmente dependentes, não vão receber os cuidados que lhes são prestados habitualmente porque os grevistas só asseguram serviços mínimos (e se os serviços normais nem sempre são os que deveriam ser, o que serão os serviços mínimos, em internamentos de medicina, por exemplo).
As greves noutros serviços públicos também castigam mais os cidadãos do que os políticos que têm a responsabilidade dos mesmos ou as ineficazes chefias que são incapazes de os fazer funcionar, é verdade, mas na área da Saúde, ainda por cima com os problemas que há, são uma barbaridade.
No Serviço Nacional de Saúde trata-se de doentes mesmo com prejuízos avultados. No sector privado só se tratam doentes se eles tiverem dinheiro para pagar ou seguros de saúde. Será por isso que raramente há greves nos hospitais e clínicas do sector privado? Ou querem-me fazer acreditar que aí os trabalhadores estão todos satisfeitos e bem pagos?
Carlos Serafim de Carvalho

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1657
    27-03-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1657
    27-03-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo