A Palavra dos Leitores | 21-01-2022 11:00

Com Covid ou não, vamos lá votar

Júlia Bernardino

É preciso ir às urnas votar, não vá a Covid ser responsável pela falta de alguns ordenados no fim do mês.

Parece que o famigerado vírus anda a bater à porta de todos nós – ou pelo menos de uma grande maioria da população portuguesa.
Tem-se disseminado e ceifado vidas preciosas: umas conhecidas, outras nem tanto, mas todas malogradas e todas imensamente choradas, também por esse mundo fora.

As normas da DGS vão sendo ajustadas consoante estudos fidedignos. Se no ano transato a regra era ficar-se de isolamento profilático durante dez, catorze dias, presentemente bastam sete dias de isolamento, que podem ser prorrogados, caso os sintomas persistam.
E assim andamos nós… vamos para o trabalho e para as escolas para, rapidamente, regressarmos a casa, porque alguém da família testou positivo!

Nunca antes se tinham vivido tempos assim, tão difíceis de suportar. Houve já épocas terríveis, sim, eu sei, como poderemos esquecer o Holocausto? Como não lembrar que a Peste Negra e a Gripe Espanhola? É impossível esconder a cabeça na areia e não saber, ou querer esquecer, as horríveis provações que a nossa mãe natureza já passou e que a humanidade já superou.
Contudo, estas são, para nós, realidades distantes no tempo, ainda que tão presentes na memória individual e coletiva.
Encontramo-nos num período terrífico, dos medos constantes da doença. Perguntamo-nos, dia após dia, se alguma vez iremos conseguir a tão almejada imunidade de grupo, se, e quando, irá terminar…

Talvez por isso haja novas regras a serem aplicadas, no próximo dia trinta de janeiro, para o confinamento. É preciso ir
às urnas votar, não vá a Covid ser responsável pela falta de alguns ordenados no fim do mês!

Quantos de nós não fomos já vítimas do vírus, que tem atrasado a emissão de certidões e outros documentos afins? Desconfio até, e pela forma pouco célere com que as coisas são tratadas no nosso país, que o vírus é responsável há já alguns anos, muito antes de 2019.

Certamente devemos ir votar! É um dever cívico pelo qual os nossos avós lutaram! Contudo, porquê fazê-lo presencialmente, os que estão em isolamento e os que não estão? Porque não realizar o ato eleitoral através de uma plataforma fidedigna, como aquelas às quais todos nos habituamos a usar, quer nos trabalhos, quer nas escolas. Não pode ser assim tão difícil de concretizar! Claro que leva o seu tempo, mas se todos nos conseguimos adaptar a uma nova realidade, não sendo, a grande maioria, “expert” nas novas tecnologias… dá que
pensar…

Júlia Bernardino

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