Um estudo de opinião feito pela Eurosondagem para a Federação Portuguesa de Tauromaquia (Pró-toiro) e divulgado no final de Janeiro mostra que boa parte dos inquiridos – num universo de 1.100 pessoas – tem uma postura indiferente às touradas mas respeita-as, voltando a mostrar que o tema da tauromaquia continua a ser fracturante.

No estudo destinado a aferir a opinião dos portugueses sobre as actividades tauromáquicas, 33,7% dos inquiridos mostraram-se indiferentes a essa manifestação cultural ao passo que 22,7% disse não gostar mas respeitar a liberdade de escolha da população. Onze por cento manifestaram-se totalmente contra e 30,3% assumiram-se aficionados.

Somando as percentagens de quem teve uma postura indiferente, contra mas respeitadora e totalmente contra, é apurado um valor de 67,4% dos inquiridos. Nos jovens entre os 15 e os 30 anos cerca de 29% disseram ser indiferentes ao tema, ao passo que 24% disseram não gostar, 15% manifestaram-se contra e 30% assumiram-se como aficionados.

No estudo, quando perguntado se os espectáculos tauromáquicos ajudam a projectar a imagem do país, mais de metade dos inquiridos – 56,3% – considerou que contribui de forma positiva.

Já 67,1% dos inquiridos garantem que não votariam num partido que quisesse abolir a tauromaquia e 65,4% revelou já ter assistido ou costumar assistir a touradas na televisão.

O estudo foi realizado de 14 a 19 de Dezembro de 2019 em entrevistas telefónicas supervisionadas. O universo foi uma população com 15 anos ou mais, residente em Portugal continental e através de telefones fixos e telemóveis. A amostra foi aleatória na região, sexo e faixa etária. Das 1.371 tentativas de entrevistas 217 não aceitaram participar. O erro máximo da amostra é de 2,92% para um grau apurado de probabilidade de 95%.