Cultura | 25-02-2022 10:00

Cineclubes tentam renascer para não perderem apoio

Cineclubes tentam renascer para não perderem apoio

Associações precisam de realizar 30 sessões por ano para garantirem financiamento do Instituto do Cinema e Audiovisual. Com o confinamento e as salas fechadas perderam-se actividades e receitas mas a hora, agora, é de retoma.

A pandemia veio agravar ainda mais a situação dos cineclubes em Portugal, uma vez que têm a obrigatoriedade de realizar cerca de 30 sessões por ano para não perderem apoios financeiros oficiais. Se não cumprirem essa meta são penalizados e podem perder a importante comparticipação do ICA (Instituto do Cinema e Audiovisual), o que sucedeu durante o período de pandemia. A informação foi dada a O MIRANTE por Lurdes Martins, que tomou posse me Janeiro como presidente da Federação Portuguesa de Cineclubes (FPC). 

A dirigente da associação Palha de Abrantes e do cineclube Espalhafitas explica que é difícil retomar uma actividade após uma longa paragem. “É prejudicial porque existe o medo. Há pessoas que só vão voltar a uma sala de cinema quando tudo isto estiver ultrapassado. A exigência dos testes antigénio também não ajuda. Temos que recomeçar e um longo caminho para percorrer”, refere. 

O distrito de Santarém tem actualmente quatro cineclubes a funcionar. Além do da capital de distrito, existem os de Abrantes, Torres Novas e Tomar. O Espalhafitas, de Abrantes, está a funcionar no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal, e o de Torres Novas tem desenvolvido actividade no Teatro Virgínia. Lurdes Martins considera que como os filmes que passam nos cineclubes não provocam enchentes nas salas de cinema poderiam ter continuado a funcionar. “O problema é que as directivas do Governo mandaram encerrar tudo e tivemos que cumprir”, sublinha. 

*Notícia desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira

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