Cultura | 02-08-2022 12:00

Valores são o mais importante no basquete da Fundação CEBI

Rui Ferrage e João Gouveia são dois dos quatro treinadores de basquetebol da Fundação CEBI de Alverca do Ribatejo

Principais objectivos do projecto passam por ensinar e desenvolver a parte humana de cada um dos atletas, estimular a cooperação e promover o espírito de equipa.

Rui Ferrage e João Gouveia são dois dos quatro treinadores de basquetebol da Fundação CEBI de Alverca e contam com 24 e 14 anos de dedicação aos atletas. Com mais de uma centena de jovens a seu cargo na época que agora terminou, os professores regem-se, desde o início, pela filosofia de que o mais importante não são os resultados dos jogos, mas sim o desenvolvimento da parte humana de cada um dos seus atletas. Método que tem dado frutos com vários atletas a singrarem na modalidade após saírem da fundação.
Rui Ferrage é formado como Técnico Superior de Desporto e foi o fundador da modalidade na fundação contando já com 24 anos de casa. Associou-se a projectos ligados principalmente ao basquetebol mas também nas áreas lúdica e desportiva e nas actividades extra-curriculares. A sua ligação ao basquetebol remonta ao tempo em que ainda estava na Guiné. Dedicou-se, desde início, às crianças mais pequenas, apesar de, nos dias de hoje, também treinar escalões maiores como o sub-18. “Estou como peixe na água. Isto é o que adoro fazer. Ensinar é um trabalho bastante gratificante mas não é fácil”, confessa.
Licenciado em Educação Física com mestrado em Ensino Especial, João Gouveia é o coordenador do basquetebol na fundação há 14 anos. Sempre gostou da modalidade tendo praticado quando jovem. “Adoro o que faço, quando estou com os miúdos esqueço-me dos problemas. Não é um trabalho fácil, principalmente quando para nós o mais importante não são os resultados, mas sim passarmos valores e prepará-los para se tornarem pessoas com valores no futuro”, sublinha.
Em actividade desde 1998 a modalidade de basquetebol da Fundação CEBI está em constante adaptação, tanto nos métodos de ensino como de treino. No início dispunha apenas de treinos de mini-basket para crianças do 1º ciclo, mas há 14 anos o projecto avançou e foi criada a primeira equipa federada para o escalão de sub-14. Desde então, o interesse pela modalidade tem vindo a aumentar bem como o número de participantes ao longo dos anos.

Jovens estão a regressar
Durante os dois anos de pandemia os jogos e os treinos foram suspensos. O regresso à normalidade trouxe para a modalidade uma enchente de novas inscrições o que levou os professores a terem equipas de 20 alunos, algo inédito. Na última época e com quatro escalões cheios, mini-basket, sub-14, sub-16 e sub-18, os professores treinaram mais de uma centena de atletas de vários escalões etários. E mais: o basquetebol na fundação não está aberto só a alunos do colégio mas também à comunidade exterior.
A modalidade conta com quatro professores que se dedicam diariamente a ensinar e preparar os atletas dos vários escalões. “O trabalho que fazemos não é fácil, mas é importante e faz a diferença. Posso dar o exemplo da evolução social que muitos miúdos têm aqui connosco e até mesmo a nível de aproveitamento escolar. O desenvolvimento social parece não estar ligado mas também é importante. O desporto faz muita diferença nas crianças”, explica João Gouveia.
Com vários anos de experiência, são várias as histórias que os professores acumularam em especial com os atletas mais pequenos que por vezes encestam no sítio errado por estarem distraídos ou na brincadeira. Mas isso, garantem os técnicos, faz parte do encanto da modalidade. “Este projecto significa resiliência. É um trabalho de equipa. Faz parte de nós e se não fossemos os quatro professores unidos não conseguíamos fazer isto”, acrescentam.

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