Desporto | 22-09-2022 07:00

Associação de Futebol de Santarém reagiu à pandemia com recorde de atletas inscritos

Francisco Jerónimo destacou o aumento de atletas inscritos na última época desportiva e diz que há margem para continuar a crescer

Na época que terminou foram inscritos nas competições de futebol e futsal 8356 atletas em representação de 80 clubes.

A Associação de Futebol de Santarém (AFS) reagiu com vigor aos constrangimentos causados pela pandemia e na época 2021/2022 registou o número mais alto de atletas inscritos em competições da última década, com um total de 8356 atletas em representação de 80 clubes, nas modalidades de futebol e futsal. Esse valor confere à AFS o sétimo lugar no ranking nacional de atletas inscritos entre as 22 associações distritais. Os clubes com mais atletas inscritos no futebol foram o CADE do Entroncamento com 386, a Académica de Santarém com 290 e o CD Fátima com 283. No futsal destaca-se o Vitória de Santarém com 203 atletas inscritos na última década.
Os números são animadores mas o presidente da AFS, Francisco Jerónimo, não se dá por satisfeito e considera que ainda há margem para crescimento do número de praticantes inscritos, nomeadamente no futebol feminino. O dirigente expressou essa intenção durante o VII Encontro – Futebol Distrital em Debate, que decorreu sábado, 17 de Setembro, na Casa do Campino, em Santarém. O dirigente saudou os clubes pelo “espírito de sacrifício e trabalho árduo” que desenvolvem, destacou os apoios directos aos clubes na última época, num total de 76.862 euros, e anunciou um programa de apoio extraordinário aos clubes com um montante global de 45 mil euros para a nova época: a esse apoio somam-se 10% de desconto nas inscrições e atribuição de bolas às equipas de juniores de futebol e futsal (até agora só recebiam as equipas seniores).
Para a época 2022/2023 há 39 equipas seniores de futebol inscritas e 17 de futsal. Melhorar a competitividade das equipas filiadas na AFS, com recurso a provas interdistritais, melhorar as condições das selecções distritais e trazer grandes eventos desportivos para a região são algumas das apostas apontadas por Francisco Jerónimo, que gostava de ver uma nova época com bancadas cheias e muito desportivismo.

Arbitragem pede respeito
O presidente do conselho de arbitragem da AFS, Jorge Maia, foi outro dos oradores, tendo pedido “respeito” pelo trabalho de quem arbitra os desafios e exortando os dirigentes dos clubes a terem uma atitude pedagógica nesse capítulo junto de atletas, técnicos e outros agentes desportivos. “Que os miúdos se divirtam, se empenhem e que estejam ocupados é o que importa, não é se o árbitro marcou ou não penalti”, disse, reconhecendo que o sector da arbitragem “está sempre a ferro e fogo” e que não pode haver tolerância relativamente ao jogo violento, agressões ou palavras injuriosas. “É para expulsar”, enfatizou.
Jorge Maia informou que AFS tem 130 árbitros de futebol em actividade e 35 de futsal, tendo-se registado uma pequena redução com a pandemia. Este ano há 48 candidatos a tirar o curso e o dirigente gostava de ver mais gente a aderir a essa causa. Daí sensibilizar os clubes para alertarem os seus jogadores que quando deixarem a prática do futebol têm na arbitragem uma alternativa para continuarem ligados à modalidade.

“Os clubes não são amigos uns dos outros”
As transferências de jovens atletas entre clubes e a obrigação das equipas seniores de futebol apresentarem 14 atletas na ficha de jogo formados localmente (em Portugal) foram algumas das questões levantadas por dirigentes de clubes. O presidente do União de Tomar, Abel Bento, pôs o dedo na ferida dizendo que não há união entre os clubes da região e que estes “não são amigos uns dos outros”, dando como exemplo as transferências de jovens atletas.
Também a obrigação de os clubes dos campeonatos distritais de seniores da AFS terem 14 jogadores formados localmente na ficha técnica de jogo levantou alguma celeuma. Alguns clubes aludiram à dificuldade em cumprir essa exigência. Nesse capítulo, a AFS seguiu as directrizes da Federação Portuguesa de Futebol para esta época, mas Francisco Jerónimo disse que a situação será reavaliada na próxima época.
Para além de dezenas de dirigentes de clubes, na sessão estiveram também o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, o dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, Rui Manhoso, e Nuno Mena, convidado para falar sobre o tema “Inovar para crescer e sobreviver – Investimento e retorno”.

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