Desporto | 26-04-2022 10:45

Homem exibe pénis à marchadora olímpica Inês Henriques durante um treino

Inês Henriques – Foto Arquivo O MIRANTE

Atleta de Rio Maior denunciou o assédio a sua página do Facebook e diz ter apresentado queixa na GNR

Inês Henriques foi alvo de assédio sexual no dia 25 de Abril quando iniciava uma sessão de treino na estrada da Caniceira em Rio Maior. Segundo a marchadora olímpica, um homem exibiu-lhe o pénis, tendo-a deixado fora de si e também apreensiva e assustada.  

“Pensei bastante se devia ou não devia partilhar a situação que vivi, esta manhã, durante o meu treino na estrada da Caniceira, onde treino há 30 anos! Mas, como foi grave, é um crime e como MULHER não me devo calar! Nenhuma MULHER, deve-se calar perante uma situação de assédio sexual, seja qual forma for!”, escreveu a atleta no Facebook, relatando depois toda a situação.

“Normalmente quando o estádio está fechado, sigo directamente para a estrada de Caniceira. Faço o aquecimento e de seguida vou marchar (…)Quando estacionei o meu carro, vi uma senhora e um senhor um pouco mais a trás, ambos a caminhar. Tudo normal! Fechei o carro e fui fazer a minha corrida de aquecimento. Ainda vi novamente o senhor, voltei ao carro. Estava a fazer os meus exercícios, quando o mesmo indivíduo de raça negra com mais de um metro e noventa, passou novamente por mim.”

Foi nessa altura, conta, que a situação de assédio sexual ocorreu. “Eu, por norma sou simpática com todas as pessoas e dei os bons dias. Ele olhou, parou e perguntou-me se era atleta. Respondi que sim e estávamos a ter uma conversa circunstancial, senti que se estava a aproximar muito de mim e afastei-me e continuei a preparar-me para o meu treino. Abri o carro, para tirar as sapatilhas e quando olho para ele, isto tudo em menos de 2 ou 3 minutos, o indivíduo já estava a exibir o pénis!”

Inês Henriques reagiu com palavras agressivas, dizendo que não admitia tal falta de respeito e o homem não avançou, embora confesse que ficou fora de si. Mais tarde, acrescenta, informou a GNR do que se tinha passado.

“Piropos às vezes acontecem, não gosto! Porque estou a fazer o meu trabalho e gosto de ser respeitada, mas infelizmente tornou-se uma coisa banal, mas uma situação destas é de deixar-nos apreensivas e com medo! E se nos tira a nossa tranquilidade tem que ser denunciada!” relata.

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