Desporto | 03-06-2022 12:00

Ponto de encontro na aldeia de Caveira é o clube desportivo

O vice-presidente da Câmara de Torres Novas, Luís Silva (à esquerda), com os elementos da direcção do Clube Desportivo Caveirense

Fundada por jovens em busca de dinamizar Caveira, no concelho de Torres Novas, a colectividade é há cerca de quatro décadas o elo de ligação entre as gentes da aldeia. Festas, jantares e torneios de futebol são algumas das iniciativas que a colectividade organiza todos os anos.

Apenas 10 minutos de viagem separam a cidade de Torres Novas da aldeia de Caveira, onde está sediada uma associação que há cerca de quatro décadas é o ponto de encontro dos seus habitantes. O Clube Desportivo Caveirense foi fundado em 1983 por um grupo de jovens que queria trazer mais dinâmica para a aldeia. Dezenas de anos depois a colectividade é o principal elo de ligação entre a comunidade. O clube organiza as festas da aldeia, que se realizam no início de Julho, e é a promotora de um torneio de futsal, que junta várias equipas do concelho, a que dão o nome de “A Champions do Pelado”. Para além disso, o salão de festas, no primeiro andar do edifício da sede, recebe algumas iniciativas privadas, como festas de anos ou jantares de grupo, e a noite de passagem de ano.
É na sede da associação que O MIRANTE se encontra com o presidente Pascal Luís. Não esconde o orgulho em liderar um projecto com muita importância na comunidade e afirma que o envolvimento das pessoas tem sido fundamental para o manter. “Há sempre pessoas a querer ajudar a organizar as nossas iniciativas. Inclusive gente de aldeias vizinhas, como Vale do Carvão ou Foros da Barreta. Nunca há falta de mão-de-obra”, vinca.
No dia da visita de O MIRANTE cerca de duas dezenas de pessoas começavam os preparativos para o torneio de futebol inter-aldeias que se iria realizar no fim-de-semana seguinte. Na cozinha alguns confeccionavam as bifanas e a sopa da pedra enquanto outros enchiam o frigorífico de cerveja e refrigerantes. Pascal Luís refere que a ligação especial entre o clube e as pessoas é potenciada pelo facto de terem um café que é ponto de encontro diário para conversas e alguns jogos lúdicos.
Luís Silva, vice-presidente da Câmara de Torres Novas, apareceu durante a conversa para falar sobre o torneio. Pascal Luís aproveitou a deixa para partilhar que não é fácil manter uma associação, que tem cerca de três centenas de associados, a funcionar apenas com alguns apoios autárquicos. O presidente refere que a gestão do clube é feita ao cêntimo e garante, com orgulho, que não há dívidas por pagar. Pelo contrário, está em vista um projecto para alargar o recinto das festas e melhorar as condições do interior do edifício sede. Luís Silva destacou o papel da colectividade no desenvolvimento da aldeia e prometeu continuar a ajudar dentro das possibilidades do município.

A pacatez e o sossego da aldeia
Os poucos jovens que residem em Caveira são presença assídua na organização de todas as iniciativas. Henrique Gomes, de 19 anos, sublinha ao repórter a importância do clube para fixar os jovens na aldeia e o quanto as iniciativas animam os mais novos e os mais velhos. “São momentos de convívio indescritíveis. Para quem tem pouco contacto com o meio urbano, esses momentos são fundamentais porque unem as pessoas num mesmo propósito”, afirma. Os laços com o Caveirense existem desde que se lembra uma vez que o seu pai e irmão são prata da casa. Embora não faça parte dos órgãos sociais, é o primeiro a chegar sempre que é preciso arregaçar as mangas e ajudar na organização de algum evento.
Henrique Gomes garante não querer deixar a pacatez e o sossego da aldeia uma vez que, embora seja pequena e não tenha grande parte dos serviços, como supermercado, farmácia ou multibanco, “as coisas na aldeia têm outro sabor”.

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