Desporto | 04-10-2022 10:00

União Desportiva do Quintanilho quer atrair mais atletas para revitalizar o clube

Dirigentes do clube do Quintanilho estão a lutar para manter o clube de portas abertas e com actividades

Dirigentes do clube procuram formas de atrair mais sócios e atletas ao emblema incluindo com algumas aulas gratuitas. Prestes a celebrar 25 anos de actividade o clube de Vialonga continua a tentar manter as portas abertas e servir a comunidade.

A União Desportiva Cultural e Social do Quintanilho (UDCSQ), de Vialonga, é um dos clubes do concelho de Vila Franca de Xira onde a avançada idade da maioria dos sócios tem dificultado a expansão das modalidades existentes. Rui Brioso, 75 anos, é o actual presidente e um dos sócios fundadores do clube, nascido em 1997 depois da fusão entre o Grupo Desportivo do Quintanilho, criado nos anos 60 e focado no futebol, e a Comissão de Moradores do Quintanilho, criada logo após o 25 de Abril, com foco na dinamização social da zona do Quintanilho.
O clube foi crescendo, aumentaram as ofertas desportivas, mas actualmente o clube enfrenta dificuldades para cativar novos sócios e atletas. As actuais instalações, criadas em 2003, foram comparticipadas com materiais da autarquia e mão-de-obra dos 130 sócios da colectividade. Paulo Madeira e Rui Umbelino, dois dos mais recentes moradores do Quintanilho, juntaram-se aos órgãos sociais do clube por curiosidade e para se manterem activos. Paulo Madeira, 43 anos, é o treinador de ténis do UDCSQ há 4 anos. Ensina gratuitamente todos aqueles que procuram o clube, mas mesmo assim não há tantos atletas como desejaria.
O treinador admite que tem sido difícil atrair novos atletas, muito por culpa do afastamento físico da zona do Quintanilho face à vila. “As pessoas passam pelas vias principais de Vialonga e não fazem ideia de que este clube existe. Queremos reavivar o clube, que está com muito poucos atletas, o que é um desafio muito grande. Acredito que se estivéssemos numa variante mais central de Vialonga o nosso campo estaria sempre cheio porque a procura existe, basta vermos os campos do Parque Urbano da Flamenga”, conta.


“Queremos mostrar que o clube não está morto”
Rui Umbelino, 43 anos, é instrutor de ténis de mesa e o ajudante na programação do futsal do clube. Actualmente o clube tem meia dezena de atletas no ténis e ténis de mesa e no xadrez, entre eles os filhos dos treinadores das modalidades. O presidente da mesa da assembleia-geral, João Pacheco, acredita que a falta de apoio ao movimento associativo pode ser também ele um problema do clube, mas admite uma estagnação na divulgação e promoção do clube.
“O movimento associativo precisa de uma revisão séria para prevenir que qualquer um crie um grupo com dois amigos, sem estatutos ou órgãos sociais e receba tanto ou mais apoio do que nós que lutamos por não deixar este clube morrer. Queremos fazer mais porque temos instalações para isso e não conseguimos”, nota o dirigente. Para João Pacheco o objectivo é mostrar que o clube do Quintanilho não está morto e que os actuais dirigentes lutarão para manter a associação de portas abertas. “Lutaremos por este clube e por este emblema até que o último de nós feche os olhos” termina.

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