Apesar da sua nítida flutuação e, claro, dos perigos adversos associados, as criptomoedas apresentam um grande potencial para melhorar a vida da população em geral. Por exemplo, um dos benefícios sociais trazidos pela Bitcoin (uma das criptomoedas mais conhecidas) é a universalização do acesso a serviços financeiros. Outro benefício é o custo mais reduzido das transações. Muitas e diversas empresas já aceitam criptomoedas como forma de pagamento e é por isso que já é possível apostar mobile em jogos, aplicações e muitos outros serviços.

De acordo com um estudo realizado pelo “Congressional Research Service”, um serviço de pesquisa do congresso americano, dado que as transações são processadas e validades por uma rede “peer-to-peer”, não há a necessidade de envolver uma terceira parte numa transação entre dois utilizadores, o que representa uma redução de custos, em comparação com serviços como o Paypal ou o cartão de crédito.

A transação de criptomoedas é processada com um custo muito reduzido, visto que as operações acontecem na sua própria rede “blockchain” – uma rede autossustentável.

Além disso, as criptomoedas também protegem os seus utilizadores contra a inflação, isto é, contra o aumento dos preços dos bens e serviços. Voltando a dar como exemplo a Bitcoin, como não existe qualquer tipo de autoridade central que controle e regule a criptomoeda, o risco de inflação é menor ou nulo, quando comparado com a oscilação que pode sofrer a moeda que circula em cada país.

Nenhum governo poderá utilizar as criptomoedas para o financiamento dos gastos públicos, através da criação de novo dinheiro. Este é, por isso, um benefício social positivo para a população, sobretudo no que diz respeito à população de países subdesenvolvidos. É de salientar que a sociedade não fica “mais rica” com a criação de dinheiro novo, por isso, a utilização das criptomoedas tende a beneficiar a maior parte da população.

Ainda no leque dos benefícios, sejam estes sociais ou económicos, ou ambos, está a proteção do dinheiro da população relativamente às medidas fiscais. Como as criptomoedas possuem informações descentralizadas e criptografadas, não é possível, pelo menos, com a tecnologia atual, ter acesso ao dinheiro das pessoas.

É possível utilizar as criptomoedas para múltiplos fins. Por se tratar de uma moeda digital, a finalidade é a mesma do dinheiro físico – permite transações de compra e venda de bens e serviços. À data de hoje, os jogos mobile são os melhores amigos das criptomoedas. Bitcoin Pop, Bitcoin Blast, Cryptopop, Crypto Treasures e Bitcoin Food Fight são alguns deles. Além disso, também pode apostar em jogos para ganhar mais criptomoedas. O “GameFi” é uma das maiores tendências no mundo dos criptoativos, pois combina as finanças descentralizadas (DeFi) e os “tokens não-fungíveis” (NFT’s) com os jogos baseados na rede “blockchain”.

Enquanto os jogos tradicionais funcionam com base no “pagar para ganhar”, o “GameFi” introduziu o modelo “jogar para lucrar”. Neste último caso, os jogadores têm de ganhar incentivos para avançarem no jogo. A ideia é que os jogadores encontrem e acumulem vários objetos, tais como terrenos, avatares, armas, barras de ouro, entre outros. Depois de angariados podem ainda ser negociados com outros jogadores, através do mercado de NFT’s, ou podem ser vendidos em troca de criptomoedas. A monitorização de cada jogador é realizada através das transações de NFT’s e das criptomoedas que se encontram guardados no “blockchain” público.

Em resumo, as criptomoedas apresentam-se como uma nova tecnologia, ainda desconhecida por muitos, o que as transforma em moedas de difícil compreensão, mas que trazem inovações e geram grande impacto na forma de como se utiliza o dinheiro.