Economia | 25-02-2021 10:00

Nas crises há sempre oportunidades e Portugal vai dar a volta

Nas crises há sempre oportunidades e Portugal vai dar a volta
ECONOMIA
João Moutão

João Moutão - Presidente do Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarém)

PATROCINADOR GALARDÃO EMPRESA DO ANO

presidente do Instituto Politécnico de Santarém, João Moutão, reconhece que a situação atípica que se vive vai deixar marcas profundas, mas opta por um discurso optimista e diz que também pode ser bom para mudar rotinas e perspectivas.

Em cada crise há sempre oportunidades e é assim que o presidente do Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarém), João Moutão, encara a realidade causada pela pandemia de Covid-19, que vai deixar marcas profundas mas pode também ser a mola para mudar rotinas e perspectivas.

“Esta crise trouxe também oportunidades que nos preparam melhor para o futuro. Sempre houve alguma resistência e desconfiança com o uso de um conjunto de tecnologias no ensino que neste momento são de uso comum. A transformação digital veio para ficar e isso fez melhorar o acesso aos serviços e o impacto ecológico. Temos de ser optimistas”, diz.

Questionado sobre como vê a actual situação económica e social e o impacto que está a ter na sua instituição, João Moutão, reconhece que é “uma situação atípica, que nunca ninguém esperou viver”. Custa-lhe, sobretudo, ver que esta crise ataca os mais desprotegidos e, usualmente, com menor qualificação. “Talvez por isso no ano passado tivemos um número recorde de candidatos ao Politécnico de Santarém. Preparamos um modelo misto de ensino-aprendizagem e aplicamos turnos rotativos de teletrabalho nalguns serviços. Foi algo que exigiu muito da nossa comunidade académica, docentes, funcionários e estudantes”, sublinha, dizendo acreditar que “Portugal vai dar a volta”.

O momento que atravessamos tem tido impacto no abandono escolar e por isso a acção social tem sido reforçada. “Basta olhar para os níveis de desemprego e de redução de rendimentos das famílias e fazer o cruzamento com os custos de ter um filho deslocado a estudar no ensino superior. Já nem falo de ter dois ou três”, exemplifica João Moutão, referindo que este ano há mais alunos com acesso a bolsas de acção social.

“Isso deve-se ao aumento das situações de carência e também ao facto de o processo de atribuição de bolsas ter sido simplificado. Houve também um aumento para 878 euros ‘per capita’ do limite para atribuição de bolsa em relação ao ano passado, o que permitiu abranger mais famílias”, explica.

João Moutão diz que o IPSantarém teve de fazer face a um conjunto de custos com que não estavam a contar para adequação de espaços de aulas, aquisição de equipamentos tecnológicos, aquisição de equipamentos de protecção individual, realização de testes Covid, reforço de serviços de limpeza, entre outros. “Teria sido muito importante termos tido algum tipo de apoio do Governo para este tipo de despesas. Infelizmente isso não aconteceu”, lamenta.

Sobre as distinções a empresas, instituições e personalidades que O MIRANTE atribui há largos anos, João Moutão considera que dar visibilidade e reconhecer o mérito de quem se destaca é estar a prestar um serviço público: “Alguns destes casos serão, com certeza, inspiradores para muitas organizações e cidadãos em geral. Como se diz na gíria popular: os bons exemplos são para ser seguidos. O MIRANTE está de parabéns com esta iniciativa e julgo que a região merece”.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1661
    24-04-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1661
    24-04-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo