Economia | 25-02-2021 07:00

Premiar o mérito previne as tristes palhaçadas de privilégios indevidos

Premiar o mérito previne as tristes palhaçadas de privilégios indevidos
ECONOMIA
Orlando Ferreira

Orlando Ferreira, administrador da Rodoviária do Tejo.

PATROCINADOR GALARDÃO EMPRESA DO ANO

administrador da Rodoviária do Tejo, Orlando Ferreira, está preocupado com a sustentabilidade do serviço de transportes públicos e diz que há decisões do Governo que comprometem o seu futuro e sustentabilidade.

Orlando Ferreira, administrador da Rodoviária do Tejo, considera que a pandemia e a situação económica que decorre das restrições mudou definitivamente o paradigma da procura atingindo-se hoje níveis impensáveis até há bem pouco tempo.

No caso da sua empresa, realça que a continuidade do serviço que presta e quer continuar a prestar na região, depende da sustentabilidade económica e financeira do negócio. Diz que as ajudas do Governo às empresas, que admite serem importantes, não garantem a sobrevivência de muitos negócios, mas elogia a compreensão e o papel do sector bancário.

Para o administrador, uma das necessidades essenciais é tentar manter todos os postos de trabalho, o que representa um desafio, mas nada fácil. De uma coisa está convicto: é que “não mais irá existir um regresso à normalidade tal como a conhecíamos”.

As medidas criadas pelo Governo para o sector, apesar de ajudarem, comprometem o futuro da empresa de transportes, defende. Em Abril de 2020, face a uma brutal redução de procura, foi criado um quadro para viabilizar a realização de redes de serviços mínimos essenciais definidas pelas comunidades intermunicipais. Mas, realça Orlando Ferreira, isso apenas permitiu o pagamento do diferencial entre os custos operacionais e as receitas obtidas nestas redes essenciais, criticando o facto de ter sido esquecida a quase total situação de inactividade dos restantes recursos da empresa sempre associados a custos fixos elevados”.

Sobre a banca, que como a generalidade dos sectores vive um “elevadíssimo grau de incerteza e de risco”, salienta que é importante tentar que a pandemia não se transforme numa grande crise financeira e sustenta que o sector bancário está solidário e a fazer esforços.

“A banca, toda ela sem excepção, tem sido de uma enorme compreensão e disponibilidade, não apenas financeira, para, em conjunto, se encontrarem soluções para esta situação”, explica, considerando que esta atitude deve merecer um amplo reconhecimento.

Orlando Ferreira destaca que num tempo de grandes transformações e incertezas é de reconhecer a importância de O MIRANTE ao premiar o mérito de empresas através da atribuição do Galardão Empresa do Ano.

“Quando se distingue quem, em função do seu trabalho com dedicação e inteligência consegue bons resultados, está-se a prevenir as tristes palhaçadas de privilégios indevidos conseguidos, não à custa do mérito, mas sim de relações individuais, origem social, pertença a grupos”. E sublinha: “Viver de palhaçadas devia ser o mérito dos palhaços, apenas!”.

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