Economia | 13-04-2022 06:59

Arte, gastronomia e solidariedade nas Tasquinhas de Rio Maior

O Centro Recreativo e Cultural de Assentiz foi o vencedor do prémio “Melhor Tasquinha 2022” – FOTO – CM Rio Maior

Na 36ª edição das Tasquinhas de Rio Maior o espírito festivo esteve em alta e as associações aproveitaram para angariar fundos. No meio da festa também houve espaço para a arte e para a solidariedade animal como prova a reportagem de O MIRANTE.

À entrada das Tasquinhas de Rio Maior respira-se um ambiente festivo e a música ouve-se ainda antes de se entrar no pavilhão multiusos, casa do evento. O cheiro das iguarias não deixa ninguém indiferente e torna praticamente impossível resistir à tentação. No sábado, 2 de Abril, penúltimo dia da 36ª edição, o certame está ao rubro. O entardecer empurra as pessoas para o convívio da noite; se à porta se conta cerca de uma centena de pessoas para entrar, no interior do pavilhão a contagem é impossível devido ao acumular de gente.
Os primeiros expositores que se encontram pertencem a artesãos. A arte dá para todos os gostos, mas há um que capta a atenção do repórter. “Sou eu que faço isto tudo à mão”, garante Vítor Henriques, ceramista durante uma vida, com veia de artista desde que nasceu. Natural de Tremês, concelho de Santarém, confessa a O MIRANTE que vai vendendo algumas coisas, mas que é difícil competir com os “comes e bebes” das Tasquinhas de Rio Maior.
Nas suas peças há diversas formas e cores, algumas com geometrias e ornamentos exóticos, outras de estilo mais tradicional. Também há quadros com elementos que conjugam mitologia e tradição popular. Mas são umas louças com a representação de um casal de salineiros na safra que prendem o olhar. “Estes são os avós da malta da Loja do Sal”, explica o ceramista apontando para a colecção de obras onde estão representados nomes de outras personalidades da terra que decidiu desenhar. “O meu trabalho é um arquivo artístico universal, mas regionalista. É isso que me move”, vinca.
Mais à frente, um grupo de jovens brinda com ginjinha e várias famílias apressam-se para arranjar mesa para jantar. A tasca da ASFIC – Ribeira de S. João está lotada muito por culpa, segundo Ginestal Paulo, da galinha de cabidela que é o prato com mais saída. Aposentado há alguns anos, fez questão de se juntar à equipa para ajudar a associação da sua terra a angariar verbas. A colectividade tem uma equipa de ciclismo a competir em provas nacionais e precisa de melhores condições para continuar a desenvolver a modalidade no concelho.
Num dos últimos expositores António Correia, 51 anos, assenta no papel os pedidos de quem escolheu para comer o restaurante da Associação Patinhas de Rua. Está ali em acção solidária pelos animais promovendo a adopção e recebendo as pessoas com um sorriso no rosto. É natural de Malaqueijo e não esconde o orgulho quando explica que o valor da refeição reverte na totalidade a favor dos animais.
As Tasquinhas de Rio Maior são decoradas de forma rústica ou alusivas à história de cada freguesia. O certame envolve mais de um milhar de voluntários, entre cozinheiros, ajudantes de cozinha ou empregados de mesa e balcão. A edição deste ano começou a 25 de Março e terminou a 3 de Abril. O evento, declarado como “De Interesse para o Turismo Nacional” pelo Turismo de Portugal desde 2007, foi mais uma vez organizado pelo município de Rio Maior.

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