Economia | 28-09-2022 09:59

Azambuja recebe meio milhão como contrapartida pela instalação da central solar da Torre Bela

Empresa promotora, através da sua política social, vai distribuir 500 mil euros por entidades e organismos do concelho de Azambuja. Presidente do município fala na conversão da verba em painéis fotovoltaicos para escolas e outros edifícios públicos.

Azambuja vai receber da Aura Power, empresa promotora da mega central solar da Torre Bela, uma compensação no valor de meio milhão de euros pela instalação de mais de 600 mil painéis fotovoltaicos. A informação foi confirmada a O MIRANTE pelo presidente do município, Silvino Lúcio, que se refere à contrapartida como uma aposta da política social da empresa, destinada não só à câmara municipal como a instituições e associações do concelho.
Segundo o autarca socialista, a verba deverá ser convertida na compra e instalação de painéis fotovoltaicos em edifícios públicos, instituições e associações do concelho, nomeadamente no complexo de piscinas municipais, centro social e paroquial e escolas. “A verba entra e esgota-se. Se tivermos a rede de painéis aplicada para utilidade diária tem-se uma mais-valia ao longo de anos. Será por essa via que iremos entrar”, disse.

Município dá luz verde a pedido para operação urbanística
Embora não haja ainda uma previsão para a instalação dos milhares de painéis na herdade da Torre Bela, Silvino Lúcio adiantou também ao nosso jornal que já foi aprovado pela Câmara de Azambuja o Pedido de Informação Prévia (PIP), o primeiro passo para viabilizar as operações urbanísticas que carecem ainda de licenciamento e alvará de construção.
Sabe-se ainda que dentro de pouco tempo irá entrar em consulta pública o novo traçado para as linhas de muito alta tensão, que inicialmente passava dentro da localidade de Casais das Boiças, na freguesia de Alcoentre, e que foi muito contestado pela população. “A APA [Agência Portuguesa do Ambiente] está a fazer um esforço tremendo em termos de análise em tempo recorde. Esperamos que a AIA [Avaliação de Impacte Ambiental] seja positiva e que vá ao encontro das pretensões das pessoas”, afirmou o autarca.
Prevista desde 2020 a mega central fotovoltaica da Torre Bela, recorde-se, já fez correr muita tinta devido ao abate de 540 animais que, segundo o Estudo de Impacte Ambiental, iriam perder o seu habitat natural por não existir área e alimento suficiente para todos. Mais recentemente causou revolta na freguesia de Alcoentre devido à passagem de linhas e instalação de postes de muito alta tensão junto a habitações.

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