Galeria de Fotos. Grupo Francês da área da logística inaugura instalações no concelho de Ourém
Para além de Portugal o Interlog Group tem presença nos Estados Unidos da América, México, China e Índia e clientes em todo o mundo.
O Grupo Interlog inaugurou as novas instalações em Ourém, na tarde de 5 de Maio, Dia Mundial da Língua Portuguesa. A escolha da data foi uma forma de prestar homenagem a Portugal. O presidente do grupo, Jean-Marie Mascarenhas, embora não fale português, pertence a uma terceira geração de portugueses.
O Grupo Interlog é independente e tem a sua sede em França. Com mais de vinte anos de experiência no sector da logística, está presente nos Estados Unidos da América, México, China, Índia e Portugal. A escolha de Portugal é justificada com a “elevada qualidade de mão-de-obra, políticas governamentais favoráveis e excelente localização”.
“Queremos recrutar pessoas empenhadas e talentosas para se juntarem à nossa equipa. Por isso, na hora de recrutar, estamos muito satisfeitos com a força de trabalho de Portugal. As pessoas são muito talentosas e profissionais. Um dos factores que pedimos sempre é que falem francês e inglês. Temos conseguido aumentar muito a nossa equipa e criar uma boa relação de trabalho, muito produtiva entre todos os países “, explica o presidente do grupo a O MIRANTE.
Actualmente, o grupo emprega 260 colaboradores em todo o mundo, 80 dos quais no nosso país, sendo que o objectivo é aumentar exponencialmente o número de colaboradores.
Os seus principais clientes são da indústria alimentar, produtos de consumo, retalho multicanal, produtos de luxo, banca, automóvel, electrónica, metalurgia, embalagem, saúde, energia e têxteis. Neste momento trabalha com mais de 90 clientes de todo o mundo, entre os quais estão: Carambar, Cémoi, Ferrero, Mondelez, todos vencedores do projecto Mg2+ da Interlog.
“No Interlog Group somos tão apaixonados pela logística como pela assistência aos nossos clientes na construção e gestão de cadeias de fornecimento robustas, eficientes e rentáveis. A nossa abordagem flexível permite aos clientes externalizar as operações de transporte de mercadorias e a gestão de despesas para nós ou utilizar as nossas soluções de TI para visibilidade e controlo”, explica Jean-Marie Mascarenhas.
Dia aberto para apresentar vagas a potenciais candidatos
O edifício Interlog Group, em Seiça, representa um investimento de dois milhões de euros e foi preparado para acolher 300 colaboradores. Neste momento estão disponíveis vagas nos sectores de coordenação de logística, administrativo, serviço ao cliente e programação.
No próximo dia 1 de Junho o Interlog Group irá realizar um “Dia Aberto” para poder apresentar as vagas abertas e dar a conhecer às pessoas que estejam interessadas as instalações, mais sobre logística e ainda o que a Interlog oferece aos seus colaboradores e aos seus clientes.
O crescimento do Interlog Group está já previsto, como explica o seu presidente. “Depois de termos os 300 postos de trabalho preenchidos, pretendemos expandir e criar mais postos de trabalho no lote, que já adquirimos, atrás do nosso actual edifício”.
A inauguração do edifício contou com a presença de mais de 120 pessoas, entre as quais o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, a presidente de Junta da Freguesia de Seiça, Ângela Marques, alguns clientes como Mondélez e Carambar & Co., os fornecedores locais e a equipa de gerência de França.
Jean-Marie Mascarenhas não foi piloto como queria mas não deixou de voar
O presidente do Interlog Group, Jean-Marie Mascarenhas, nasceu em Tours, França, há 58 anos. Filho de mãe francesa e pai indiano, pertence a uma terceira geração de portugueses, mas não sabe falar português.
Segundo conta, a escolha de Seiça para instalar a Interlog em Portugal surgiu numa conversa durante umas férias com alguém que falava francês e lhe falou da região. “Temos de estar onde os outros não estão para podermos captar os talentos. No início foi difícil mas aqui em Seiça atraiu-me a estabilidade e a qualidade de vida”, sublinha.
É licenciado em Transportes e Logística e começou a trabalhar aos 22 anos. Do que mais gosta no nosso país é do clima; da segurança e da paisagem. Na juventude tentou ser piloto de aviões mas não conseguiu devido a um problema de daltonismo.
Nos tempos livres gosta de fazer ciclismo, jardinagem e pequenos projectos em casa. Não cozinha o seu prato português preferido é polvo à lagareiro.