Economia | 28-09-2022 20:59

Obras nas principais ruas de Azambuja sofrem novo contratempo

Trabalhos vão prolongar-se até Fevereiro de 2023

Requalificação das ruas do centro da vila de Azambuja vai prolongar-se até Fevereiro de 2023 e custar mais 127 mil euros devido a trabalhos não contemplados no projecto inicial. Município avalia possibilidade de indemnizar comerciantes queixosos.

A empreitada de requalificação das ruas Engenheiro Moniz da Maia e Vítor Córdon, principais artérias da vila de Azambuja, que decorre há sete meses vai ficar mais cara à Câmara de Azambuja e demorar mais tempo do que o previsto. A empreitada estava inicialmente orçada em 638 mil euros, mas vão ser necessários trabalhos que não estavam previstos no projecto inicial e que vão custar mais 127 mil euros.
Também o prazo para a conclusão da empreitada, previsto para Novembro deste ano, já sofreu atrasos devido à realização da Feira de Maio e a férias dos trabalhadores da empresa Constradas S.A., e sofre agora nova derrapagem. Segundo a informação prestada na última reunião do executivo municipal pelo engenheiro da Câmara de Azambuja, Pedro Melo, os trabalhos a mais vão implicar mais 52 dias de obra.
Os trabalhos em causa estão relacionados com reformulações ao sistema de drenagem de águas pluviais e de sinalização, devido à necessidade de subir a cota da estrada para que as vias possam ter melhores acessibilidades, nomeadamente para permitirem a circulação de pessoas em cadeira de rodas e carrinhos de bebé. Não foram acautelados mais cedo, justificou o engenheiro, por falta de cabimentação orçamental.
A proposta para a realização dos trabalhos complementares foi discutida e aprovada pelo executivo camarário, com os votos favoráveis do PS e CDU e os votos contra do PSD e Chega. Os vereadores do PSD, Rui Corça e José Paulo Pereira, justificaram o sentido de voto dizendo que têm dúvidas na tramitação do procedimento, nomeadamente por considerarem que aquando da apresentação pública do projecto os socialistas que governam a autarquia já sabiam que os trabalhos a mais seriam necessários, o que implicaria, devido ao acréscimo no valor global da empreitada, que tivesse de ser posta à apreciação do executivo municipal. Inês Louro, do Chega, considerou que as reformulações poderiam ter sido acauteladas no projecto inicial.

Município analisa pedidos de indemnização de comerciantes

O presidente do município, Silvino Lúcio, disse na mesma reunião camarária que estão a ser avaliados pelos serviços jurídicos os dois pedidos de indemnização de comerciantes que alegam ter prejuízos de milhares de euros devido ao arrastar da primeira fase da obra. A informação veio em resposta à vereadora do Chega, que perguntou se o autarca do PS já tinha pensado no assunto ou se está a aguardar que os comerciantes fechem os estabelecimentos e abram insolvência.
Segundo Silvino Lúcio, no caso do estabelecimento Cultura Verde, a câmara municipal está a equacionar comprar cabazes de produtos nesta loja para oferecer aos funcionários municipais no seu aniversário – por proposta da proprietária – ao invés de pagar uma “indemnização de milhares de euros”. Também o estabelecimento O Poupas, tal como O MIRANTE noticiou, se queixa de prejuízos avultados.

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