Protocolo com Caldas da Rainha gera discussão na Câmara de Rio Maior
Vereador socialista criticou assinatura de acordo sem ser dado conhecimento do mesmo à oposição. Protocolo visa fomentar a cooperação entre os dois municípios sobretudo nas áreas do desporto, turismo e cultura.
O vereador socialista da Câmara de Rio Maior, Miguel Paulo, acusou a maioria PSD/CDS que gere o município de “deselegância” por ter assinado um protocolo de cooperação com o município de Caldas da Rainha, durante a última FRIMOR – Feira Nacional da Cebola, sem dar conhecimento à oposição. O vice-presidente da autarquia, João Lopes Candoso (PSD), alegou que o documento já tinha sido aprovado no mandato passado, mas a resposta não convenceu o colega de vereação.
Para Miguel Paulo foi uma “deselegância” a Câmara de Rio Maior ter assinado um protocolo de cooperação com Caldas da Rainha, na inauguração da FRIMOR em Rio Maior, no dia 1 de Setembro, sem que os eleitos da oposição tivessem sido informados da iniciativa e do seu conteúdo. Miguel Paulo, que criticou a omissão do assunto na reunião de câmara de 9 de Setembro, lamentou só ter tido conhecimento do protocolo no momento da assinatura e questionou a validade do mesmo por não ter sido votado em sede de executivo municipal.
Assumindo a presidência da reunião na ausência do líder do executivo, Filipe Santana Dias, por motivo de férias, o vice-presidente da autarquia, João Lopes Candoso explicou que o protocolo já tinha sido aprovado no mandato anterior. Segundo Lopes Candoso, a mudança de liderança na Câmara das Caldas da Rainha foi o motivo para a demora na assinatura do acordo. O vice-presidente da Câmara de Rio Maior adiantou que o protocolo visa fomentar a cooperação entre as duas autarquias sobretudo nas áreas do desporto, turismo e cultura e disponibilizou-se para entregar à oposição cópias do documento, mas a justificação não convenceu o vereador socialista. “Se o protocolo vincula a câmara, também me vincula a mim, como vereador, portanto o mínimo é ter conhecimento dele antes de ser assinado”, reiterou Miguel Paulo pedindo que o mesmo “não se volte a repetir” no futuro.