Economia | 30-03-2022 18:00

Santarém quer mais acção da Entidade Regional de Turismo

Ricardo Gonçalves considera que a Entidade Regional de Turismo tem dado mais atenção ao território alentejano do que aos 11 municípios ribatejanos que a integram

Presidente do município escalabitano deixou algumas críticas ao Turismo do Alentejo e Ribatejo durante a Bolsa de Turismo de Lisboa.

O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), deixou algumas críticas à actuação da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR), considerando que essa organização tem dado mais atenção ao território alentejano do que aos 11 municípios ribatejanos que a integram, pertencentes à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.
Em resposta a questões colocadas por O MIRANTE durante a apresentação de algumas iniciativas do município de Santarém na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), o autarca escalabitano deu a entender que a aposta de Santarém num stand autónomo na BTL denota que a satisfação com o trabalho da Entidade Regional de Turismo já conheceu melhores dias. A maior parte dos municípios da Lezíria integrou a área de exposição da ERTAR.
“É óbvio que sentimos que há muito mais investimento na promoção dos municípios do Alentejo do que nos do Ribatejo”, afirmou Ricardo Gonçalves, acrescentando que os autarcas ribatejanos até podem compreender justificações como a de falta de verbas, “mas já começam a ficar fartos de desculpas”.
Ricardo Gonçalves referiu ainda que ao longo da última dúzia de anos os municípios da Lezíria do Tejo têm andado a saltar de região de turismo para região de turismo, situação que também não é favorável à aplicação de uma estratégia coerente e eficaz a nível turístico. Recorde-se que, depois da extinção da Região de Turismo do Ribatejo, em 2008, os municípios da Lezíria integraram a Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo e, desde meados da década passada, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.
Questionado sobre se gostava de ver todos os municípios do distrito de Santarém sob a tutela de uma mesma região de turismo (os municípios do Médio Tejo integram actualmente a Entidade de Turismo do Centro), Ricardo Gonçalves vê essa hipótese com bons olhos e considera que a mesma pode vir a ser uma realidade com a criação da NUT II do Oeste e Vale do Tejo – um projecto político que pode gerar uma nova região juntando a Lezíria do Tejo, Médio Tejo e Oeste. O processo já foi formalizado pelo Governo junto do Eurostat – Gabinete de Estatísticas da Comissão Europeia, que vai avaliar a proposta e depois dar seguimento do projecto nos organismos europeus.

Delegação da ERTAR a caminho de Santarém
As críticas de Ricardo Gonçalves surgem um mês e meio depois de se ter ficado a saber que a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo pretende abrir uma delegação em Santarém para servir os municípios da Lezíria do Tejo. O serviço deve entrar em funcionamento, inicialmente, em instalações no Palácio Landal, no centro histórico da cidade. Posteriormente, a delegação deverá transitar para o actual posto de turismo municipal que, por sua vez, será transferido para o mercado municipal quando as obras de requalificação deste espaço estiverem concluídas.
Citado em nota de imprensa, difundida no início de Fevereiro pela Câmara de Santarém, o presidente da ERTAR, Vítor Silva, realçou a importância que tem a abertura dessa delegação em Santarém, considerando que “representa o reconhecimento da identidade única deste território e, por outro lado, vai permitir uma maior proximidade física aos agentes turísticos, públicos e privados, da região”.

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