Especiais | 17-09-2021 21:00

Cardiologia na fase pós pandémica

Cardiologia na fase pós pandémica
ESPECIAL REGRESSO ÀS AULAS
Vítor Martins, Médico Cardiologista e Arritmologista, Director Clínico da Clínica do Coração de Santarém (foto DR)

O confinamento provocou sedentarismo e isolamento. Nesta abertura temos que readquirir práticas saudáveis de exercício.

Apesar de ainda não termos erradicado o vírus SARS-COV2 e de ainda muito provavelmente, termos de ter um reforço da vacina, temos de recuperar o tempo perdido.

As avaliações clínicas têm que ser retomadas com a periodicidade adequada. Os exames planeados terão que ser realizados porque há diagnósticos para ser concretizados e atitudes terapêuticas a tomar.

As queixas de cansaço em doentes com positividade anterior para Covid-19 devem ser investigadas com pedido de ecocardiograma e eventualmente provas de função respiratória dada as eventuais sequelas que poderão persistir ao fim de muitos meses.

Igualmente, aqueles que receberam vacinação deste vírus podem apresentar quadros de miocardite e pericardite (inflamação do miocárdio e do pericárdio), que apesar ser extraordinariamente raros têm uma boa evolução e uma recuperação rápida e total.

No entanto as patologias prévias, pela sua trajetória habitual, levam a necessidades de ajustes na terapêutica e no seguimento pelo que o acompanhamento destes doentes é crucial.

As arritmias pelo seu grau de perigosidade conduzem muitas vezes a tomada de atitudes que podem levar à implantação de dispositivos que podem ser diagnósticos mas são sobretudo terapêuticos. A monitorização destas alterações do ritmo cardíaco pode igualmente ser realizada de modo constante por estes dispositivos com transmissão à distância, que nos asseguram o estado clínico dos pacientes com fiabilidade e segurança.

O risco cardiovascular global é a soma de muitos fatores (hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, miocardiopatia prévia, alimentação, exercício físico, etc.) e deve preocupar-nos, pelo que o alvo em cada um deles deve ser perseguido e atingido. Temos mais e melhores fármacos que permitem mudar a evolução natural das doenças. Temos também dispositivos médicos mais seguros e mais eficazes.

O confinamento provocou ainda sedentarismo e isolamento. Nesta abertura temos que readquirir práticas saudáveis de exercício. Temos, em conclusão que voltar às nossas rotinas em Saúde e entre elas está o contacto com o seu médico.

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