Entrevista | 04-12-2019 18:00

“Hoje a informação circula rapidamente e o julgamento é célere”

“Hoje a informação circula rapidamente e o julgamento é célere”
IDENTIDADE PROFISSIONAL

João Rebocho, 45 anos, está no primeiro mandato como presidente da Junta de Freguesia de Rio Maior.

Trabalhou durante dezassete anos na banca mas não conseguiu resistir ao chamamento da política, mundo a que está ligado desde a sua juventude.

O interesse pela política surgiu quando ainda era muito jovem. Nos períodos de campanha eleitoral, dividia o seu tempo entre as aulas e os comícios que frequentava com o seu pai, que foi presidente da Assembleia Municipal de Rio Maior. Muito cedo se identificou com o Partido Social-Democrata (PSD) e, dessa forma, também o seu envolvimento no partido foi aumentando assim como a sua participação em outros fóruns, como por exemplo o Projecto Vida – combate e prevenção da toxicodependência, em Rio Maior e Santarém.

Anos mais tarde, inicia a sua experiência na banca e ocupa cargos de maior responsabilidade na política, de tal forma que hoje João Rebocho é o presidente da Junta de Freguesia de Rio Maior, eleito pelo seu partido de sempre. Uma função que diz ser muito exigente mas que abraçou de corpo e alma, estando disponível a qualquer hora para ajudar a sua comunidade.

Nascido em Cascais e criado em Rio Maior, João Rebocho foi uma criança bastante activa e imaginativa. Na sua infância era muito fácil vê-lo a inventar brincadeiras com os amigos. Tanto que, chegou a criar um espaço de “hóquei em campo” e para as marcações do mesmo utilizava folhas e bagas de eucalipto. “Formámos uma equipa e desafiámos as ruas vizinhas a constituírem outras. Ainda conseguimos realizar alguns jogos. Foi uma brincadeira bastante divertida”, conta o autarca.

Memórias de Sá Carneiro

“Recordo-me bem do dia em que Sá Carneiro visitou Rio Maior. O sorriso e o aperto de mão que me deu, ficou para sempre gravado na minha memória, assim como o dia em que recebemos o telefonema a comunicar o fatídico acidente de avião. Foi e será sempre uma referência política para mim”, admite, revelando que, enquanto estudante, chegou a trabalhar na Rádio Maior como animador de programas de entretenimento e pivô de programas de informação.

Casado e com uma filha, João Rebocho desenvolveu a sua carreira profissional principalmente na banca. Começou em part-time na Direcção de Sistemas de Telemarketing do Banco Comercial Português e, em 1998, é convidado a integrar os quadros do grupo BCP/Atlântico. A sua actividade desenvolveu-se na área comercial, nas empresas do grupo financeiro. Na altura, desligou-se um pouco das lides políticas mas o seu sentido de serviço ao partido rapidamente o levou a integrar as listas para a assembleia municipal. Começava a sua afirmação na política local.

“A minha primeira actividade autárquica foi quando fiz parte da assembleia municipal. O meu partido estava então na oposição. Um dos mandatos tive a oportunidade de o partilhar com o meu pai. Foi sem dúvida um período muito marcante e de grande aprendizagem”, garante João Rebocho, lembrando também o convite do município de Rio Maior para, enquanto representante da Juventude Social-Democrata (JSD), participar no Congresso Europeu da Juventude, em Londres, promovido pela Academia Real da Grã-Bretanha.

De chefe de gabinete a presidente de junta

O convite para ser candidato à presidência da Junta de Freguesia de Rio Maior surgiu quando era chefe de gabinete da presidente da câmara, Isaura Morais. Um desafio, que acabou por aceitar e para o qual foi eleito. Sendo o responsável da maior freguesia do concelho, João Rebocho divide o seu dia entre acompanhar as suas equipas no exterior, o trabalho de gabinete, a participação em reuniões, a representação em eventos e o atendimento aos fregueses. “Felizmente conto com uma equipa muito próxima e participativa que me tem acompanhado sempre neste percurso”, confessa o autarca, que faz questão de não ter horário fixo para atender a população.

João Rebocho não tem dúvidas que ser presidente de junta é um trabalho gratificante mas de grande responsabilidade. “Tudo o que fazemos tem influência directa nas pessoas e na comunidade”, explica, admitindo que existem aspectos aos quais tem de estar cada vez mais atento. Como a exposição a que o autarca está sujeito, principalmente nas redes sociais. “Hoje, a informação circula rapidamente e o julgamento é célere e, por vezes, uma situação normal que é denunciada, se não for logo identificada e esclarecida, facilmente servirá para acusar ou julgar o autarca”, afirma.

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