Entrevista | 10-01-2022 21:00

Jorge Silvestre da Silva Marques

foto DR

Técnico Superior de Diagnóstico e Terapêutica na UCARDIO – 46 anos, Riachos – Torres Novas

Quando está a almoçar ou a jantar com a família ou amigos e há alguém que passa o tempo a consultar o telemóvel, isso incomoda-o?
Nos dias que correm já temos poucos momentos em que conseguimos juntar a família ou amigos, por isso o telemóvel a interromper o diálogo e o convívio deixa-me incomodado.
Com que idade é que acha que se vai reformar?
Sinceramente não me consigo ver reformado da minha profissão porque gosto muito do que faço sabendo que poderei contribuir para ajudar as pessoas, quer no diagnóstico, quer no tratamento de doenças cardiovasculares. No entanto, tenho consciência que a idade não vai perdoar pelo que continuarei até que o corpo e a mente me deixem.
Já fez alguma viagem de férias a um país estrangeiro?
Uma das minhas paixões é viajar e conhecer hábitos, costumes e culturas diferentes. No período que antecedeu a minha paternidade as minhas viagens foram um pouco mais arriscadas, para destinos menos conhecidos e posso dizer que tenho algumas experiências e peripécias envolvidas, como numa viagem à Guatemala. No futuro gostaria de ir a África, a um dos parques de vida selvagem.
Quem gostaria de ser se não fosse quem é?
Estou satisfeito com a pessoa que sou e com aquilo que fiz até hoje. No entanto, tenho alguns bons exemplos que contribuíram para o ser humano que sou hoje em dia, como os meus avôs Silvestre e José (infelizmente já falecidos) que eram pessoas muito correctas e integras na sua maneira de ser; os meus pais que estiveram sempre presentes e me deram a educação que me faz ser quem sou. E claro, a minha avó Conceição que é uma mulher de armas, corajosa e muito sapiente.
Em quantas localidades viveu até agora, desde que nasceu?
Sou natural de Beja e foi onde vivi até à entrada no meu curso. Guardo as melhores memórias de infância e adolescência e foi ali que me tornei atleta de competição, tendo sido vice-campeão nacional de salto em comprimento com o apoio do meu treinador e grande amigo Prof. José Silveira. Depois entrei na licenciatura de Cardiopneumologia, tendo residido em Lisboa. Findo o curso iniciei a minha carreira profissional, tendo-me mudado para a cidade do Seixal, nomeadamente Aldeia de Paio Pires, onde resido actualmente. Guardo boas recordações de todos os sítios onde vivi.
Este foi um bom ano para si?
Em termos profissionais posso dizer que apesar da pandemia não foi mau, pois consegui o principal objectivo que tinha que era o de continuar a prestar serviços na área do diagnóstico cardiovascular, garantindo a segurança de toda a equipa que trabalha comigo, assim como dos doentes que nos escolhem para realizar os seus exames. Para além disso, conseguimos manter o ritmo de trabalho.
Ainda é capaz de elogiar a beleza de alguém ou prefere não o fazer para não ser acusado de assédio?
A beleza exterior e interior devem ser sempre admiradas e, quando conveniente, elogiadas. Confesso que nos dias que correm o elogiar, ou o chamado «piropo», seja um risco, mas penso que faz parte da própria natureza humana que se digam piropos e que se recebam os mesmos. Se não, por que é que as mulheres e os homens se arranjam?
Tem algum familiar internado num lar de terceira idade? E consegue arranjar tempo para o visitar regularmente?
Tenho a minha querida avó que, quando enviuvou, fez uma coisa que muito admiro e que me impressionou muito. Vendeu a casa e disse aos filhos que enquanto houvesse dinheiro da venda, seria para pagar o lar. É daí que ele vem. Quando este se acabar aí chamo à responsabilidade os meus filhos. Infelizmente na actual situação há muitas restrições às visitas e falamos por telefone sempre que possível.
A Justiça é igual para todos?
Tenho que admitir que não. O que dá a sensação é que quem tem maior conhecimento na interpretação das leis arranja sempre maneira de colocar “areia na engrenagem” acabando por conseguir livrar-se das acusações por falhas processuais ou por prescrições.
Costuma assistir a touradas ao vivo?
Sim, sem qualquer tipo de receio de o admitir. Venho de uma família com alguma tradição tauromáquica. Infelizmente não tenho tempo para poder assistir mais vezes, como gostaria, mas faço questão de ir pelo menos uma vez por ano.

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