Entrevista | 07-10-2022 12:00

O PSD precisa de novas ideias para a região

Teresa Ferreira é candidata a vice-presidente da distrital do PSD de Santarém numa lista alternativa ao actual líder João Moura

Teresa Ferreira é candidata a vice-presidente da distrital de Santarém do PSD, numa lista alternativa à do actual líder João Moura.

Numa entrevista que pode ler na integra na edição semanal em papel desta quinta-feira, 6 de Outubro, a antiga administradora da Águas de Santarém, diz que o partido precisa de novos rostos e de novas ideias na região e de ser mais interventivo. Critica os profissionais da política, os aparelhos partidários e considera que o Estado castra a actividade económica. 

Tem sido uma militante discreta do PSD de Santarém. Porquê aceitar agora ser candidata a vice-presidente da distrital do partido, numa lista liderada por Jorge Gaspar? 

É verdade, sou militante do PSD se calhar há 30 anos. Tenho sido relativamente discreta mas participo naquilo que posso e já fiz parte, embora de forma breve, de uma comissão política concelhia. Mas nunca fui, de facto, muito activa. O Jorge Gaspar lançou-me este desafio e achei que estava na altura. 

Porquê? 

Porque acho que a política em geral e o PSD em particular estão a atravessar um período difícil. Os resultados eleitorais do PSD demonstraram-no nas últimas duas eleições legislativas, a nível nacional e a nível do distrito de Santarém, onde, aliás, em termos percentuais tivemos votações inferiores à votação nacional. O que se pretende é o contrário. 

Quer com isso dizer que João Moura não tem feito um bom trabalho como líder distrital do PSD? 

Não é isso que quero dizer. Há uma série de factores… E esta candidatura do Jorge Gaspar não é contra ninguém, aliás nem sei quem são as outras listas. Imagino que João Moura seja recandidato, embora essa posição ainda não tenha sido anunciada; agora o que eu noto, e muitas pessoas ligadas ao partido com quem vou falando, é que se tem sentido um distanciamento cada vez maior. As pessoas não se revêem no partido, estão a afastar-se, estão descrentes… 

Acha que esta candidatura pode contribuir para mudar esse estado de coisas? 

O projecto desta candidatura é renovar o partido, que está um bocadinho fechado. O partido está muito focado naquela lógica de aparelho e pouco aberto à sociedade civil. Há pessoas fantásticas no PSD, quadros com provas dadas, vidas profissionais muito bem conseguidas, com muita capacidade de trabalho, que têm estado completamente fora e alheadas, que não se envolvem porque não vão às festas, aos comícios.

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