Entrevista | 07-06-2022 14:59

Pedro Xavier Martins

Pedro Xavier Martins

Sublimérito, Projectos e Consultadoria, Lda., Rio Maior – Engenheiro Civil, 45 anos,

O sistema de justiça funciona em Portugal?
Não. É feito por alguns para uma elite, para além da demora na sua aplicação. Infelizmente, da maneira que a lei está feita, por vezes aquilo que deveria ser justo não o é devido a um artigo na lei, a um prazo ou a um bom advogado. Portanto, o que é justo e lógico, nem sempre vence em tribunal.
Costuma dar dinheiro a mendigos?
Sim ou, quando tenho dúvidas, alimentos. Sei que não é fácil discernir entre esquemas e pedidos sinceros, mas tento-me colocar sempre no lugar do próximo.
Que conselho daria ao primeiro-ministro? Porquê?
Que ‘descomplicássemos’. Portugal está a tornar-se um país excessivamente burocrático, em que aquilo que parece nem sempre é, em que para concretizar projectos por vezes levamos anos. Anos esses em que a realidade muda e se acaba por prejudicar quem tem espírito empreendedor. As regras têm que ser claras para todos e estáveis.
Já consegue associar a cor verde à defesa do ambiente?
Sim, penso em natureza, na sustentabilidade e penso que tenho de ter mais tempo dedicado à Associação Loving the Planet, da qual sou vice-presidente e que tem como presidente Eduardo Rego, o nosso Richard Attenborough. Temos um site no qual podem saber mais sobre nós.
Fazem falta mais mulheres na política?
Acho que fazem falta tanto mulheres como homens, desde que sejam pessoas válidas. Não nos devemos prender a géneros sendo que devemos ter consciência que a mulher é o verdadeiro sexo forte.
Com que idade é que acha que se vai reformar?
Quando morrer. Acho que não terei feitio para não fazer nada, portanto enquanto conseguir agir de forma autónoma e consciente, terei sempre o que fazer. Resta ainda saber se o nosso fundo de pensões conseguirá sobreviver até à altura em que terei acesso à reforma, sem penalizações.
Qual é a pior coisa que lhe podem fazer?
Não cumprirem com a palavra dada.
Quem lhe contava histórias quando era criança?
Os meus pais. São essenciais para nos permitirem sonhar, para enquanto crianças nos sentirmos confortados e com esse pequeno momento íntimo irmos criando asas para os nossos filhos. Não podemos responsabilizar apenas a sociedade pelo seu crescimento enquanto pessoas, acima de tudo, a educação e princípios deve ser ensinada e transmitida em casa.
O que significa a expressão “Gozar a vida”?
Olhar para trás e não pensar que devia ter feito isto ou aquilo. Devemos ter prazer no que fazemos e correr alguns riscos controlados.
O que tem que fazer um homem para ser um verdadeiro homem?
Assumir os seus actos, dar o exemplo, fazer o que diz.
Qual a sua actividade preferida?
Jogar basquetebol. Já me reformei, mas mantenho-me ligado ao desporto a partir de um clube que tive o prazer de fundar com um grupo de amigos e do qual ainda sou o presidente, o Rio Maior Basket.
Alguma vez assistiu a uma tourada ao vivo? O que achou?
Sinceramente, nunca fui a uma tourada. Com respeito por quem cria os touros, pois se não fossem eles algumas raças já estariam extintas, seria mais apologista de uma tourada que não maltratasse ou magoasse o animal.
Quando tem uma dor de cabeça toma imediatamente um comprimido ou espera que ela passe?
Normalmente espero que passe. A dor de cabeça está associada à minha actividade e se fosse tomar um comprimido por cada dor de cabeça física ou psicológica que tivesse, provavelmente já estaria com algum tipo de vício.
Alguma vez deu sangue?
Dei sangue várias vezes. Nunca se sabe quando seremos nós ou alguém que nos é próximo que irá precisar. Portanto, enquanto temos saúde que nos permita devemos sempre colaborar.
Já lhe aconteceu segurar uma porta para alguém passar, por exemplo e a pessoa passar sem olhar para si nem lhe agradecer? O que fez?
Sim. Não fiz nada e repeti o gesto quando a situação surgiu. Devemos agir da forma que achamos correcta, sem esperarmos agradecimentos. Claro que caem sempre bem os agradecimentos.

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