Especial Alpiagra | 19-08-2022 15:00

Temos que voltar a fazer da Alpiagra uma feira de referência

Presidente da Câmara de Alpiarça, Sónia Sanfona, quer que a Alpiagra volte a ser um certame de referência na região
Sónia Sanfona - Presidente da Câmara de Alpiarça

A Feira Agrícola e Comercial de Alpiarça – Alpiagra, que vai na 40ª edição, foi antecipada de Setembro para Agosto para aproveitar a presença dos emigrantes do concelho e para não coincidir com o Festival da Sopa de Pedra de Almeirim.

O novo executivo encontrou os espaços da feira degradados e conseguiu fazer alguns melhoramentos para a edição deste ano, mas já está a trabalhar para recuperar todos os imóveis. A presidente da câmara, Sónia Sanfona, diz que a aposta é que a feira recupere a autenticidade e seja cada vez mais uma referência na região e no país, bem como um palco privilegiado para promover as potencialidades agrícolas e comerciais do concelho. Uma das novidades deste ano é a passagem do festival do melão do Parque do Carril para a feira.

Porque é que mudaram a Alpiagra para Agosto? Era no início de Setembro normalmente. Houve vários factores que foram tidos em conta. Por um lado o Festival da Sopa de Pedra de Almeirim coincidia com a feira. Ponderámos fazer mais tarde, mas iria ser na altura em que começam as aulas. Tivemos também em conta que fazendo em Agosto seria a altura em que os nossos emigrantes estão cá. Também tivemos em consideração o facto de este ano não fazermos o festival do melão no Parque do Carril e é incluído na Alpiagra. O nosso propósito foi concentrar na Alpiagra uma mostra com mais impacto de todas as actividades.
O festival do melão é para acabar no local onde se realizava? Temos outra ideia para o Parque do Carril, apesar de querermos lá manter o parque da fruta. Podemos no futuro ter eventos destinados àquele sector produtivo, mas queremos fazer uma coisa diferente. Vai ser uma surpresa. Estamos a tentar organizar-nos para termos naquele espaço um evento com algum impacto, numa outra data.
Está a falar em termos de animação? Sim, sobretudo animação e promoção daquela actividade aliada provavelmente à gastronomia. Vamos ainda ver o que prepararemos, mas queremos intervir no parque todo, aliás, estamos a proceder à limpeza da vala e nessa sequência vamos intervir em todo o espaço.
Isto é para marcar a diferença na gestão da câmara? Há coisas que são importantes mudar, porque não gostávamos ou não alinhávamos tanto com o que estava a ser feito. As coisas que estavam a ser feitas com as quais concordávamos ou que achamos que o seu modelo deve ser seguido, vamos continuar com elas. Não há aqui dogmas. Não é fazer diferente só porque tem de ser diferente do que fazia o anterior executivo. Estamos a projectar as coisas consoante a nossa visão. Vamos fazer de maneira a projectar o concelho, as coisas boas, sobretudo o sector produtivo, a agricultura, que é importante.
O recinto da Alpiagra continua a servir para fazer a feira? Se conseguisse fazer imediatamente a recuperação dos vários imoveis da feira, já teria feito mais é impossível fazer num ano. Tem de ser uma coisa programada em vários anos. A feira tem características, na minha opinião, que se coadunam com aquele espaço. O que não quer dizer que no futuro, pensadas as coisas e pensando nas dimensões que queremos dar a este certame, não possamos ter outro pensamento. Para já, a minha intenção é que a feira permaneça naquele sítio, melhorando a oferta.
O que é que se passa com as instalações do espaço da feira?
Não tiveram obras de manutenção ao longo de vários anos. O que encontrámos no pavilhão agrícola, nas traseiras do pavilhão e na nave desportiva foi um verdadeiro descalabro. Aquilo estava miserável, cheio de animais, aves , dejetos de animais, um amotado de lixo. A nave tem problemas de infiltrações que há anos estão diagnosticados e nunca se fez uma intervenção. Os edifícios não viam uma pintura há uma série de anos, as casas-de-banho já são exíguas para servir o recinto. Conseguimos pintar o exterior dos edifícios, tapámos as aberturas para evitar a entrada de aves. Vamos fazer a recuperação dos equipamentos ao longo dos anos e vamos repensando o próprio modelo da feira.
O espaço da feira acaba por estar subaproveitado porque praticamente só serve para a feira ou alguma festa. Temos um projecto. A nave desportiva merece ser recuperada porque é importante para o atletismo indoor e não há muitas soluções na região. A nave pode e deve ter actividade desportiva ao longo do ano. Para o pavilhão agrícola temos uma ideia de fazer um centro de artesanato, com artesãos a fazer formação, mas estamos a perceber que condições temos para implementar esse projecto. É preciso haver artesãos e é preciso pessoas que queiram aprender.
O que esperam da feira deste ano, em termos de receptividade das pessoas? Queremos no público a sensação de boas expectativas. Queremos que as pessoas voltem a olhar para Alpiagra como um certame de referência da região por voltar a ter a sua autenticidade, por ter a sua identidade de feira agrícola e comercial, que possa promover produtos, empresas, actividades do concelho e que se posa afirmar-se de uma forma cada vez mais abrangente. Queremos que seja um momento de união, de encontro das pessoas, que seja um momento de partilha e de diversão. Temos um pavilhão de juventude que vai permitir que também os jovens criem um laço com a Alpiagra.
Relativamente a outras festas, também estão a pensar mudar os modelos? Não vamos para já fazer grandes alterações daquilo que preconizamos ao longo deste ano, vamos manter. Quisemos imprimir aqui um cunho muito específico na Alpiagra, porque achamos que é o momento fundamental de promovermos o nosso concelho. É para isso que estamos a trabalhar todos os dias, para promover o concelho em todos os sentidos, e mostrar como é um concelho onde vale a pena trabalhar, viver e vir provar os produtos que aqui se produzem. Um município onde vale a pena vir conviver com as pessoas, com as gentes de Alpiarça que recebem muito bem.
Mas não está fora de questão haver alterações em outros eventos? Neste momento não estamos a ponderar fazer alterações especiais relativamente aos outros eventos que temos ao longo do ano. Vamos fazendo as coisas e avaliando o que corre melhor, o que corre menos bem e vamos corrigindo. Mas não está fora de questão fazermos alterações de formato em outras comemorações que temos o longo do ano. Temos a obrigação de fazer uma avaliação dos eventos e perceber se podemos fazer melhor. Queremos dinamizar os espaços e portanto vamos continuar a ter eventos e apostar neles.

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